sábado, junho 01, 2024

Perry Rhodan – A frota dos saltadores

 



Escrito por Kurt Mahr, o volume 29 da série Perry Rhodan mostra os terranos em pleno embate com os saltadores cósmicos.

Esses vilões da série haviam aparecido na edição anterior, quando Rhodan, ansioso em saber quem estava aprisionando as naves da terceira potência, colocara um sinalizador no cadete Tifflor e dera a entender que ele levava consigo uma mensagem importante. A nave de Tifflor fora aprisionada pelos saltadores e o livro inicia quando a frota terrestre chega para salvar o rapaz e o restante da tripulação.

O interessante do volume é que pela primeira vez os saltadores são descritos em detalhes: “Pela sua origem, os saltadores podiam ser considerados uma raça arcônida. No que diz respeito à tecnologia, eram iguais, se não superiores aos arcônidas, senhores do império galáctico. Eram seres estranhos. Não tinham pátria; viviam nas naves em que viajavam pela galáxia. Viam a finalidade da vida em praticar o comércio e impedir que qualquer outro ser o praticasse. Reinvidicavam o monopólio do comércio intergaláctico. Por mais abertas que suas mentes fossem para o Universo, afirmavam com um fervor verdadeiramente religioso que no começo de sua história uma lendária divindade lhes havia concedido o monopólio do comércio intergaláctico”.

Esse volume é, provavelmente, um dos primeiros, senão o primeiro, em que Perry Rhodan é praticamente um personagem secundário. Quem se destaca aqui é o cadete Tifflor, que mesmo sendo um iniciante, revela inteligência e capacidade de liderança. Durante a batalha, sua pequena nave acaba caindo num planeta de gelo, e usando os pouquíssimos recursos que lhe restam, ele ainda consegue subjugar os saltadores que vão em seu encalço.

A estratégia de dar destaque a um personagem secundário revelou-se extremamente inteligente em uma série que atualmente conta com milhares de exemplares. Se todos os volumes fossem centrados em Perry Rhodan, não haveria quem tivesse paciência para ler. 

A capa alemã mostrava uma cena do volume, ao contrário da edição brasileira. 


Uma curiosidade é a capa do volume, baseada na capa da edição americana. Embora mostre um belo desenho de Gray Morrow, trata-se de uma imagem genérica que não tem mínima relação com o conteúdo. É possível que Morrow quisesse mostrar os vilões do livro, mas se essa era a ideia, errou miseravelmente: os saltadores tinham cabelos e barbas longas, enquanto que o personagem representado é careca.

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