O filme Quase deuses, dirigido por Joseph Sargent, foi feito para o canal HBO e ganhador do Gremi conta a história de Vivien Thomas (Mos Def) um marceneiro negro que é despedido por causa da grande depressão e depois vê o sonho de se tornar médico desaparecer junto com seu dinheiro, que estava em um banco que faliu.
Thomas consegue um emprego como faxineiro com o doutor Alfred Blalock, um pesquisador que testa em cães tratamentos que depois fará com humanos. Ao descobrir que Vivien aprende rápido, ele o transforma em assistente de laboratório. Blalock consegue o cargo de cirurgião-chefe em uma Universidade, onde os dois desenvolvem a tecnologia que permitiria a primeira cirurgia do coração. Em tempo: nessa época, tocar no coração era considerado quase uma heresia, indo contra todos os fundamentos da medicina.
O filme se desenvolve a partir da relação genial e ao mesmo tempo conflituosa entre o médico e seu assistente, que, mesmo não sendo formado em medicina, tinha uma incrível habilidade para operar e sugerir soluções criativas para os problemas que enfrentavam. Na cena em que vão realizar a primeira operação, o médico só se sente tranquilo quando colocam o outro em um banquinho, olhando por cima e orientando-o sobre o procedimento.Mas, se por um lado, o médico consegue identificar as habilidades do rapaz, por outro lado não lhe dá crédito.
O filme se divide entre a busca por uma técnica médica e a relação difícil entre os dois pontuada pelo racismo numa época em que negros não podiam nem mesmo frequentar o mesmo banheiro que os brancos.
É de se destacar as ótimas atuações de Alan Rickman como médico que oscila entre a arrogância e o sentimento de culpa e Mos Def em sua luta por reconhecimento. Mos Def já tinha chamado atenção no ótimo Rebobine, por favor.
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