O ano era 2008 e o Twitter era a rede social do momento no Brasil. Alguém compartilhou o link de um blog sobre pedofilia, pedindo para as pessoas denunciarem e compartilharem. Milhares de pessoas compartilharam, a ponto do assunto entrar nos TT.
Pouco depois a polícia veio a público explicar o quanto esse comportamento era burro: o pedido de compartilhamento provavelmente havia sido feito por alguém do próprio blog. Em decorrência dele, milhares de pessoas entraram no link. Esse número altíssimo tornava impossível descobrir quem era pedófilo e tinha entrado por curiosidade ou para verificar antes de compartilhar a denúncia.
Com isso, os pedófilos conseguiram um canal amplo de divulgação da pedofilia (e provavelmente de contato entre eles). E, segundo a polícia, bastava uma pessoa ter denunciado e o inquérito seria instalado do mesmo jeito.
Aí vem o pulo do gato, a grande regra das redes sociais: se você discorda de algo, não divulgue, não amplie o alcance.
Se você acha um Youtuber patético, não compartilhe o vídeo dele, mesmo que tenha um comentário do tipo: "Olhem como ele só fala besteira". A cada pessoa que compartilha porque não gosta dele, aumenta o alcance do canal e ele ganha seguidores.
Se você não gosta de quiabo, não fique fazendo postagens sobre quiabo. Isso só faz com que mais e mais pessoas queiram experimentar quiabo.
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