No número 207 da série Perry Rhodan, os
terranos conseguiram fugir do núcleo do mundo oco só para descobrir que estão
presos em outro nível, como se esse mundo tivesse camadas, a exemplo de uma
cebola. Isso é um exemplo da tecnologia extraordinária da raça que domina
Andrômeda, chamados nessa época de Senhores da Ilha.
A trama deste número se desenvolve a partir
de uma armadilha. Os terranos se aproximam de uma fortaleza de dimensões
inimagináveis quando um outro povo começa um ataque. Os defensores, além das
armas convencionais, usam duas outras, em ondas. A primeira delas anula
qualquer instrumento baseado em energia atômica. A segunda delas provoca um
frio que pode chegar a 70 graus negativos.
Os terranos ficam presos no local, vítimas de
um frio terrível e a narrativa foca na tentativa deles de fugir da área de
influência da frente psi.
Há um agravante nessa fuga. Os homens da
Crest arrastam atrás de si dois veículos que pesam toneladas, o que torna essa
fuga uma jornada de sofrimento.
Confesso que, enquanto lia, pensava: qual a razão
de tanto sofrimento para levar esses veículos? Por que simplesmente não fugir?
Parecia uma ponta solta, mas a situação é justificada lá no final, quando os
veículos são usados para reverter a situação a favor dos terranos.
Esse livre é escrito por William Voltz, que
aqui não encontra espaço para impor sua visão humana da ficção científica,
ainda assim, ele consegue narrar bem todo o sofrimento pelo qual estão passando
os terranos.
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