Como acontece o processo de criação? Seja uma grande lei da física ou uma nova maneira de fazer uma receita de bolo, as idéias criativas passam pelas mesmas fases.
A primeira é a fase da preparação. Aristóteles já dizia que antes de começar a escrever, devemos pesquisar tudo que se sabe sobre o assunto. De fato, você não será capaz de resolver um problema se não conhecê-lo a fundo.
Essa fase se relaciona muito com a curiosidade. Pessoas curiosas têm mais chances de ter boas idéias, pois estarão mais antenadas às informações relacionadas ao problema.
Para escrever este texto, por exemplo, pesquisei em diversas revistas e livros.
Também é necessário pensar e pensar muito no problema, mesmo que não se chegue a uma solução satisfatória.
Em seguida vem a fase da incubação. É o famoso "deixar a idéia dormir", ou "consultar o travesseiro". Se, depois de ter pesquisado muito, a solução não se apresenta, esqueça. Vá fazer outra coisa, ou até mesmo durma.
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Sherlock Holmes tocava violino durante a fase de incubação. |
O monge-detetive Guilherme de Baskerville, do livro O Nome da Rosa, costumava tirar uma soneca quando se deparava com um problema insolúvel.. O psicólogo Jung costumava construir casas de brinquedo. Sherlock Holmes tocava violino. Há quem goste de ouvir uma música, ou ler um livro.
Nessa fase o importante é deixar o inconsciente trabalhar em busca de uma solução.
Mas atenção: o inconsciente só vai lhe dar uma idéia se você tiver fornecido antes informações sobre o assunto. Sua mente precisa de subsídios para trabalhar, subsídios que são recolhidos na fase de preparação.
Finalmente, depois de pesquisar muito e deixar a idéia dormir, vem a iluminação. É o eureka!
Um célebre exemplo de iluminação foi a que aconteceu com o químico alemão Firedrich Kekulé. Ele passou dias tentando descobrir como os seis átomos do se benzeno se ligavam, sem sucesso.
Então cochilou e sonhou com uma cobra mordendo o próprio rabo. Era a resposta! Os átomos se ligavam em círculo!
Outro exemplo famoso, embora alegórico, é a maçã de Newton, que, ao cair sobre a cabeça do cientista, deu-lhe a idéia para a teoria da gravitação universal.
Finalmente vem a fase da avaliação. Só aqui entra o senso crítico. A avaliação serve para peneirar as idéias e perceber as que funcionam e as que não funcionam. Se a idéia não se revelar a mais adequada para a situação, o jeito é voltar ao início e começar tudo de novo. Como dizemos cientistas dos
desenhos animados, "De volta à prancheta".
Mas lembre-se: só descarte as idéias na fase final de criação.
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