Confesso que tenho uma simpatia muito grande pela série
clássica de Jornada nas Estrelas, de modo que acabo gostando até mesmo
episódios ruins, como o cérebro de Spock. Mas um que me incomodou muito desde o
início foi A glória de Ômega, da segunda temporada.
No episódio, a Enterprise encontra uma nave vazia. Ao
visualizarem o diário do capitão descobrem que a tripulação morreu em uma praga
e que a única forma de sobreviver é descer ao planeta. Como também estão
infestados, Kirk Spock e McCoy descem para o planeta, onde encontram o capitão
da outra nave. Já começa aí um problema. O vídeo dava a entender que ele
também tinha morrido. Como ele descobrira que a superfície do planeta poderia
curar a doença? E como só ele tivera a ideia de descer? Furos e mais furos no
roteiro.
O capitão explica que todos os habitantes do planeta são
imortais e pretende usar isso para ganho pessoal, obrigado McCoy a descobrir o
segredo da imortalidade. Além disso, a população local está dividida entre dois
grupos, um de brancos considerados selvagens, e outro de asiáticos. O capitão
usa sua tecnologia para mudar a guerra a favor dos orientais, quebrando
diretamente com a primeira diretriz.
Os problemas continuam. McCoy descobre que a imortalidade
dos habitantes locais é decorrente de um processo de seleção natural, o que
acaba completamente com a premissa básica do episódio de que o planeta tinha
algo que curava doenças.
Para piorar, o episódio termina com uma indisfarçada
patriotagem que inclui a bandeira dos EUA e até a constituição, o que é forçar
demais o pacto de verissilhanca.
Nada faz sentido nesse episodio e ele nem mesmo engraçado.
É apenas ruim.
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