domingo, fevereiro 19, 2006
Cantiga de amigo
As cantigas de amigo foram as primeiras manifestações literárias (conhecidas) em língua portuguesa. São gostosas de ler por causa do ritmo, o que revela que provavelmente eram feitas para serem cantadas ou declamadas com música. Reproduzo abaixo um desses poemas, retirado do Cancioneiro de D. Diniz (com pequenas modificações para tornar mais fácil a compreensão):
Ai, flores de verde pino,
Se saberes nova de meu amigo?
Ai, Deus, e u é?
Ai flores, ai flores de verde ramo,
Se saberes novas de meu amado?
Ai, Deus, e u é?
Se saberes novas de meu amigo,
Aquele que mentiu do que combinou comigo?
Ai, Deus, e u é?
Se saberes novas de meu amado,
Aquele que mentiu do que me há jurado?
Ai, Deus, e u é?
Vós perguntastes pelo vosso amigo?
Eu bem vos digo que é são e vivo
Ai, Deus, e u é?
Vós perguntastes pelo vosso amado?
Eu bem vos digo e que vivo e são
Ai, Deus, e u é?
Eu bem vos digo que é são e vivo
E será vosso até o prazo expirado
Ai, Deus, e u é?
E eu bem vos digo que é vivo e são
E estará convosco até o prazo passado.
Ai, Deus, e u é?
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