Esta semana, no Burburinho, Gabriel Perissé escreve um texto sobre "Como vencer um debate sem precisar ter razão". Baseando-se no texto homônimo de Arthur Schopenhauer (1788-1860), Perissé apresenta diversos tipos de patifarias intelectuais.
Uma delas é particularmente odiosa. Trata-se de falar coisas completamente incompreensíveis com ar de produndidade para que o outro se sinta humilhado e, fingindo compreender, acabe aceitando o que se diz. "Então, se eu digo: "O paradigma da interação integra o jogo de inúmeras forças concêntricas que, sem privilegiar o efeito, anulam de certo modo a causa. Trata-se, na verdade, de sistemas autogênicos não-ordinários e não-cumulativos que, sem dúvida, exigem uma nova percepção do fenômeno, você concorda?" — poucas pessoas terão coragem de contradizer-me.".
Infelizmente na academia o que mais tem são professores que usam essa estratégia, inclusive como evitar perguntas de alunos...
Por mim, tenho sempre o lema: se ninguém consegue entender o que você está dizendo, é porque o que você está dizendo não tem sentido.
Sem comentários:
Enviar um comentário