O site Universo HQ publicou uma matéria sobre blog Baú da Grafipar e ainda colocou em destaque na página inicial. Muito obrigado. Coloco abaixo o texto completo:
Baú da Grafipar: blog relembra a editora
Por Marcus Ramone (31/07/06)
Atenção, veteranos leitores de quadrinhos! É hora de reviver os bons momentos de uma inesquecível editora e de suas publicações marcantes. No último dia 30 de julho, o blog Baú da Grafipar estreou na grande rede, registrando fatos históricos e resgatando imagens e lembranças de uma das mais importantes editoras do Brasil, que imortalizou artistas como Mozart Couto, Watson Portela e outros grandes nomes dos quadrinhos nacionais. O blog foi criado pelo professor e escritor amapaense Ivan Carlo, também conhecido como Gian Danton. Sem dúvida, uma bela iniciativa que agradará em cheio aos saudosistas, mas que também aguçará a curiosidade das novas gerações sobre um importante pedaço da história dos quadrinhos brasileiros.
segunda-feira, julho 31, 2006
Confira no blog do Walter Júnior quais são os políticos amapaenses sob suspeita de envolvimento com a máfia dos sanguessugas e o que pesa contra eles.
domingo, julho 30, 2006
Zé Ramalho estava lendo uma revista do Hulk quando viu uma citação do poeta Yeats e resolveu plagiar. Confira a história no blog do Universo HQ.
No mesmo blog, uma notícia triste: morreu Joseph Luyten, importante pesquisador da literatura de cordel. Ele é esposo da Sônia Luyten, autora do livro O que é história em quadrinhos, da coleção primeiros passos. Eu o conheci em Manaus, durante o Congresso Intercom de ciências da Comunicação. Ele me pareceu muito simpático e chegou até mesmo a elogiar a revista Manticore, que eu tinha acabado de lançar com o pessoal de Curitiba. Uma grande perda.
No mesmo blog, uma notícia triste: morreu Joseph Luyten, importante pesquisador da literatura de cordel. Ele é esposo da Sônia Luyten, autora do livro O que é história em quadrinhos, da coleção primeiros passos. Eu o conheci em Manaus, durante o Congresso Intercom de ciências da Comunicação. Ele me pareceu muito simpático e chegou até mesmo a elogiar a revista Manticore, que eu tinha acabado de lançar com o pessoal de Curitiba. Uma grande perda.
Ontem fomos assistir Piratas do Caribe. Poderia ser um filme excelente, graças à atuação memorável de Johnny Depp, mas acabou se tornando mediano por causa da insistência em manter um ritmo acelarado o tempo todo. A partir de certo momento, o filme é só ação. Não há um equilíbrio entre momentos introspectivos e ação, como ocorre em Superman. E a cena da roda, da qual tanto se falou, é totalmente irrelevante para a história.
Blog em homenagem à grafipar
A primeira vez em que percebi que o quadrinho nacional tinha qualidade para competir com a produção de qualquer país foi quando vi uma revista da Grafipar. Para homenagear essa editora, eu e o Leonardo Santana montamos o blog Baú da Grafipar, que tem como objetivo reunir curiosidades, quadrinhos, capas e entrevistas com artistas que trabalharam para a editora. O endereço é: http://grafipar.blogspot.com/
sábado, julho 29, 2006
Uma música de Zé Geraldo, que expressa bem o momento em que vivemos, de guerra e escândalos de corrupção, inclusive entre aqueles políticos que se diziam donos da honestidade:
Milho aos Pombos
Zé Geraldo
Enquanto esses comandantes loucos
ficam por aí queimando pestanas
organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas
preparando na surdina
suas bombas e suas mortalhas
A cada conflito mais escombros
Isso tudo acontecendoe eu aqui na praça
dando milho aos pombos
Entra ano, sai ano, cada vez
fica mais difícil o pão, o arroz,
o feijão, o aluguel
Uma nova corrida do ouro
o homem comprando da sociedade o seu papel
Quando mais alto o cargo maior o rombo
Isso tudo acontecendo
e eu aqui na praça
dando milho aos pombos
Eu dando milho aos pombos
no frio desse chão
Eu sei tanto quanto eles
se bater asas mais alto
voam como gavião
Tiro ao homemTiro ao pombo
Quanto mais alto voam
maior o tombo
Eu já nem sei o que mata mais
Se o trânsito, a fome ou a guerra
Se chega alguém querendo consertar
vem logo a ordem de cima
Pega esse idiota e enterra
Todo mundo querendo descobrir
seu ovo de Colombo
Isso tudo acontecendo
e eu aqui na praça
dando milho aos pombos
Zé Geraldo ficou famoso com a música Cidadão, sobre um operário da construção civil que não pode nem mesmo olhar o edifício que ajudou a construir (Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar...). Conheça o site do cantor.
Milho aos Pombos
Zé Geraldo
Enquanto esses comandantes loucos
ficam por aí queimando pestanas
organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas
preparando na surdina
suas bombas e suas mortalhas
A cada conflito mais escombros
Isso tudo acontecendoe eu aqui na praça
dando milho aos pombos
Entra ano, sai ano, cada vez
fica mais difícil o pão, o arroz,
o feijão, o aluguel
Uma nova corrida do ouro
o homem comprando da sociedade o seu papel
Quando mais alto o cargo maior o rombo
Isso tudo acontecendo
e eu aqui na praça
dando milho aos pombos
Eu dando milho aos pombos
no frio desse chão
Eu sei tanto quanto eles
se bater asas mais alto
voam como gavião
Tiro ao homemTiro ao pombo
Quanto mais alto voam
maior o tombo
Eu já nem sei o que mata mais
Se o trânsito, a fome ou a guerra
Se chega alguém querendo consertar
vem logo a ordem de cima
Pega esse idiota e enterra
Todo mundo querendo descobrir
seu ovo de Colombo
Isso tudo acontecendo
e eu aqui na praça
dando milho aos pombos
Zé Geraldo ficou famoso com a música Cidadão, sobre um operário da construção civil que não pode nem mesmo olhar o edifício que ajudou a construir (Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar...). Conheça o site do cantor.
sexta-feira, julho 28, 2006
Mistério dos números de Lost será revelado
Por Marcelo Hessel28/7/2006
The Lost Experience, caça ao tesouro online empreendida pela rede de televisão ABC em sites, e-mails e comerciais, foi criado como um jogo ambientado numa realidade alternativa de Lost, com outros personagens e outras situações. Aos poucos, porém, as pistas começam a se cruzar. Leia mais
Fábula
Certa vez o Rei acordou tão ocupado com seus sonhos de onipotência que se esqueceu de vestir roupa. Foi assim mesmo, nu, para a reunião com os ministros. Quando chegou, os ministros se entreolharam, mas ninguém teve coragem de dizer nada.
- E então, como estão os preparativos para minha caminhada triunfal por entre o povo? – perguntou o Rei.
Nisso um ministro se levantou:
- Vossa Majestade me desculpe, mas o Vossa Excelência não pode comparecer assim, sem roupas, entre o povo. Todos irão rir!
O Rei, sem se dignar a olhar para baixo, ficou furioso com o ministro:
- Como assim, estou sem roupa? Estou com a minha melhor roupa, trazida para mim do além-mar.
- Mas majestade, o senhor está sem roupa... – tentou argumentar o ministro, mas foi cortado pelo rei, que perguntava para os outros ministros:
- Por acaso estou sem roupa?
- Claro que não, majestade. – respondeu um ministro.
- Linda roupa, majestade. – disse outro.
- Nunca vi roupa tão esplêndida em toda a minha vida. – garantiu outro.
O Rei, com um sorriso no rosto se virou para o ministro atônito:
- Está vendo? Se estou dizendo que estou vestido é porque estou vestido. E não admito que me contradigam. Considero isso uma ofensa. Exijo que se retrate imediatamente, ou corto sua cabeça.
Dizendo isso, o Rei chamou dois guardas, que se postaram ao lado do ministro, prontos para usar suas afiadas cimitarras. O pobre homem, sem opção, ficou de joelhos e, de cabeça baixa, negou tudo que dissera antes.
O Rei, aproveitando que ele já estava numa posição conveniente, ordenou que um dos guardas lhe cortasse a cabeça.
MORAL DA HISTÓRIA: Dizer a verdade não garante a cabeça de ninguém quando se está lidando com o Rei.
Recebi de um leitor do meu livro Manual de Redação Jornalística, disponibilizado no site da Virtual Books:
Prezado Ivan Carlo
Tive o imenso prazer de me deparar com sua obra acima referenciada, que por curiosidade de leitura, baixei da internet.Tenho o hábito de ler diariamente, assuntos dos mais diversos possíveis, principalmente os que me tragam informação e conhecimento nas áreas de filosofia, psicologia, literatura brasileira e principalmente sobre assuntos jurídicos, pois sou acadêmico de direito aos 43 anos. Como disse anteriormente, por curiosidade me deparei com sua obra e hoje me dediquei à sua leitura completa. Gostei muito pois me trouxe informação e conhecimento sobre algo que eu não conhecia. Tenho certeza de que minhas leituras jornalísticas ficarão muito mais prazerozas daqui para a frente e meu aproveitamento neste tipo de leitura também será muito enriquecido.Parabéns pela obra clara, objetiva e sucinta.
Cordialmente,
Carlos Hubner
Prezado Ivan Carlo
Tive o imenso prazer de me deparar com sua obra acima referenciada, que por curiosidade de leitura, baixei da internet.Tenho o hábito de ler diariamente, assuntos dos mais diversos possíveis, principalmente os que me tragam informação e conhecimento nas áreas de filosofia, psicologia, literatura brasileira e principalmente sobre assuntos jurídicos, pois sou acadêmico de direito aos 43 anos. Como disse anteriormente, por curiosidade me deparei com sua obra e hoje me dediquei à sua leitura completa. Gostei muito pois me trouxe informação e conhecimento sobre algo que eu não conhecia. Tenho certeza de que minhas leituras jornalísticas ficarão muito mais prazerozas daqui para a frente e meu aproveitamento neste tipo de leitura também será muito enriquecido.Parabéns pela obra clara, objetiva e sucinta.
Cordialmente,
Carlos Hubner
quinta-feira, julho 27, 2006
Programação de cinema
CINE SHOPPING MACAPÁ
sala 1: PIRATAS DO CARIBE 2, sessões: 15:40 - 18:30 e 21:20H
sala 2: SUPERMAN, sessões 15:15 - 18:15 e 21:15H.
CINE SANTANA
sala 1: OS SEM FLORESTA, sessões 15:30 - 17:15 e 19H e SEPARADOS PELO CASAMENTO, sessão 21H.
sala 2: TODO MUNDO EM PÂNICO 4, sessões 16:30 - 19 - 21H.
sala 1: PIRATAS DO CARIBE 2, sessões: 15:40 - 18:30 e 21:20H
sala 2: SUPERMAN, sessões 15:15 - 18:15 e 21:15H.
CINE SANTANA
sala 1: OS SEM FLORESTA, sessões 15:30 - 17:15 e 19H e SEPARADOS PELO CASAMENTO, sessão 21H.
sala 2: TODO MUNDO EM PÂNICO 4, sessões 16:30 - 19 - 21H.
quarta-feira, julho 26, 2006
Opinião de Matt Ridley sobre o governo, publicada na última Superinteressante:
"Sempre houve governos demais em toda a história. Hoje sabemos que a prosperidade vem da livre troca de bens e idéias e da consequente invenção de novas tecnologias. Esse é o processo que nos trouxe saúde, riqueza e sabedoria numa escala sequer imaginada pelos nossos ancestrais (...) governos fracos, mas com um comércio forte e livre levaram prosperidade a todos, enquanto governos fortes só enriqueceram eles próprios e os clientes parasitas de suas burocracias com impostos altos, poucas inovações, declínio econômico e, normalmente, guerra."
Ridley é autor de livros sobre genética e comportamento humano.
"Sempre houve governos demais em toda a história. Hoje sabemos que a prosperidade vem da livre troca de bens e idéias e da consequente invenção de novas tecnologias. Esse é o processo que nos trouxe saúde, riqueza e sabedoria numa escala sequer imaginada pelos nossos ancestrais (...) governos fracos, mas com um comércio forte e livre levaram prosperidade a todos, enquanto governos fortes só enriqueceram eles próprios e os clientes parasitas de suas burocracias com impostos altos, poucas inovações, declínio econômico e, normalmente, guerra."
Ridley é autor de livros sobre genética e comportamento humano.
Opinião de Roger Schank sobre a escola, publicada na última Superinteressante:
"A escola faz mal para as crianças - as deixam tristes e, como mostram as pesquisas, não ensinam muito. (...) As ecolas são estruturadas hoje da mesma maneira que séculos atrás. Elas são uma má idéia e deveriam deixar de existir da forma como conhecemos. O governo precisa parar de pensar que sabe o que as crianças têm que saber e desistir de testá-las para ver se regurgitam o que quer que tenha sido ensinado".
Schank é psicólogo e cientista da computação e autor de mais de 20 livros sobre educação, memória e inteligência artificial:
"A escola faz mal para as crianças - as deixam tristes e, como mostram as pesquisas, não ensinam muito. (...) As ecolas são estruturadas hoje da mesma maneira que séculos atrás. Elas são uma má idéia e deveriam deixar de existir da forma como conhecemos. O governo precisa parar de pensar que sabe o que as crianças têm que saber e desistir de testá-las para ver se regurgitam o que quer que tenha sido ensinado".
Schank é psicólogo e cientista da computação e autor de mais de 20 livros sobre educação, memória e inteligência artificial:
Dia desses estava na beira rio e fui comprar batata frita para meu filho. Quando vi que o vendedor não tinha espátula ou colher e empurrava as batatas para dentro do copo de plástico com a mão, desisti. Ele me chamou e perguntou o que estava acontecendo. Expliquei que o que ele estava fazendo era uma forma certa de transmitir doenças, já que a mesma mão com a qual ele pegava nas batatas era a mão que pegava o dinheiro. "O senhor não tem dor de consciência de saber que está deixando as pessoas doentes?", perguntei. Ao que ele me respondeu: "Eu tenho consciência sim. Você que não tem religião, seu judeu!".
Infelizmente não sou judeu, mas teria muito orgulho de ser. Alguns dos meus grandes ídolos eram judeus, de Isaac Assimov a Newton, passando por Einstein, Art Spielgman (Maus), Jerry Siegel (Super-homem) e muitos outros. E tenho muitos amigos judeus. Meu filho perguntou se o vendedor era nazista. Não era, mas é surpreendente descobrir que ainda existe preconceito racial em um país como o nosso.
Quanto à falta de higiene, os órgãos públicos poderiam ser um pouco mais rigorosos na vigilância sanitária dos vendedores ambulantes da Beira-rio. Vai até uma dica: a prefeitura e o governo, em convênio com o SEBRAE poderiam ministrar um curso sobre higiene para todo mundo que quisesse trabalhar com comida na Beira-rio.
Infelizmente não sou judeu, mas teria muito orgulho de ser. Alguns dos meus grandes ídolos eram judeus, de Isaac Assimov a Newton, passando por Einstein, Art Spielgman (Maus), Jerry Siegel (Super-homem) e muitos outros. E tenho muitos amigos judeus. Meu filho perguntou se o vendedor era nazista. Não era, mas é surpreendente descobrir que ainda existe preconceito racial em um país como o nosso.
Quanto à falta de higiene, os órgãos públicos poderiam ser um pouco mais rigorosos na vigilância sanitária dos vendedores ambulantes da Beira-rio. Vai até uma dica: a prefeitura e o governo, em convênio com o SEBRAE poderiam ministrar um curso sobre higiene para todo mundo que quisesse trabalhar com comida na Beira-rio.
Programação de cinema
CINE SHOPPING MACAPÁ
sala 1: PIRATAS DO CARIBE 2
sala 2: SUPERMAN
CINE SANTANA
sala 1: OS SEM FLORESTA e SEPARADOS PELO CASAMENTO
sala 2: TODO MUNDO EM PÂNICO 4
Não recebi os horários. Vou ver se consigo e posto aqui.
sala 1: PIRATAS DO CARIBE 2
sala 2: SUPERMAN
CINE SANTANA
sala 1: OS SEM FLORESTA e SEPARADOS PELO CASAMENTO
sala 2: TODO MUNDO EM PÂNICO 4
Não recebi os horários. Vou ver se consigo e posto aqui.
terça-feira, julho 25, 2006
Rodrigo Santoro em Lost
Esse aí é o que eu chamo de um cara de sorte!! Além de já ter pego a Luana Piovani por vários anos e de ter participado do filme As Panteras - Detonando, o sujeito ainda vai fazer parte do elenco de Lost, a série nerd mais fodástica de todos os tempos!
A revista TV Guide noticiou que o brasileiro será mais um sobrevivente na terceira temporada da série. A assessoria de imprensa de Rodrigo Santoro não confirmou nada, mas os próprios produtores da série, Damon Lindelof e Carlton Cuse já contam como certa a contratação do brasileiro.
Sobre o personagem que Rodrigo Santoro interpretará, isso ainda é mistério, como tudo naquela ilha. Mas parece que ele poderá ser um dos integrantes dos "Outros". Realmente, é um cara de sorte. Depois dessa, tá provado que Rodrigo Santoro tirou a sorte grande em poder trabalhar numa das séries de maior audiência da história da televisão!
A terceira temporada de Lost começa em outubro nos EUA. E aqui no Brasil, o AXN exibe nas segundas-feiras às 21 horas os sensacionais episódios finais da segunda temporada.
Fonte: Melhores do Mundo
A revista TV Guide noticiou que o brasileiro será mais um sobrevivente na terceira temporada da série. A assessoria de imprensa de Rodrigo Santoro não confirmou nada, mas os próprios produtores da série, Damon Lindelof e Carlton Cuse já contam como certa a contratação do brasileiro.
Sobre o personagem que Rodrigo Santoro interpretará, isso ainda é mistério, como tudo naquela ilha. Mas parece que ele poderá ser um dos integrantes dos "Outros". Realmente, é um cara de sorte. Depois dessa, tá provado que Rodrigo Santoro tirou a sorte grande em poder trabalhar numa das séries de maior audiência da história da televisão!
A terceira temporada de Lost começa em outubro nos EUA. E aqui no Brasil, o AXN exibe nas segundas-feiras às 21 horas os sensacionais episódios finais da segunda temporada.
Fonte: Melhores do Mundo
Nova revista sobre super-heróis e afins
Por Marcelo Naranjo, sobre o press release (25/07/06)Chega às bancas esta semana a revista Mundo dos Super-Heróis (formato 20,2 x 26,6 cm, 84 páginas, R$ 9,90), uma publicação da Editora Europa, voltada tanto para os fanáticos por heróis dos quadrinhos, da TV e do cinema, quanto para leigos que procuram informações curiosas sobre o assunto. As reportagens são centradas sempre em fatos curiosos e engraçados sobre os personagens, com textos detalhados e muitas ilustrações e fotos. Leia mais
Yuki, de Kazuo Koike, em lançamento da Conrad
Da mente criativa de Kazuo Koike (Lobo Solitário), surge a história de Yuki, o mangá que inspirou o longa-metragem Kill Bill de Quentin Tarantino.
Yuki conta uma história de pura vingança, de uma criança que nasce com um único objetivo: vingar a morte de sua família nas mãos de um bando de foras da lei. O desejo de vingança faz parte da vida da garota desde a sua gestação, e foi passado a ela por sua mãe, que depositou na filha todas as suas esperanças de que a justiça seja feita. Leia mais
Comentário: Não sou exatamente um fã de mangás, mas gosto muito do trabalho de Kazuo Koike, provavelmente o melhor roteirista que o Japão já gestou. Pena que seja um lançamento da Conrad e, portanto, caríssimo.
Yuki conta uma história de pura vingança, de uma criança que nasce com um único objetivo: vingar a morte de sua família nas mãos de um bando de foras da lei. O desejo de vingança faz parte da vida da garota desde a sua gestação, e foi passado a ela por sua mãe, que depositou na filha todas as suas esperanças de que a justiça seja feita. Leia mais
Comentário: Não sou exatamente um fã de mangás, mas gosto muito do trabalho de Kazuo Koike, provavelmente o melhor roteirista que o Japão já gestou. Pena que seja um lançamento da Conrad e, portanto, caríssimo.
sexta-feira, julho 21, 2006
O trabalho de conclusão de curso de minha aluna Ronelli Aragão, Realidade Origami: jornalismo e realidade está on-line no site da Virtual Books. Vale a pena conferir. Ronelli discute como o jornalimo molda a realidade na qual acreditamos.
Homens do amanhã
Homens do Amanhã, de Gerard Jones (ed. Conrad) é, desde já um dos melhores livros já escritos sobre quadrinhos, mas, mais ainda, um dos mais importantes obras sobre a cultura de massa norte-americana.
O livro conta a história dos criadores do personagem Super-homem, Jerry Siegel e Joe Shuster.
O título é uma referência ao apelido do herói antes dele ser chamado de Homem de Aço, mas é também uma referência aos homens que iniciaram a indústria dos gibis. Eram todos eles, desenhistas, roteiristas e editores, judeus ou filhos de judeus que haviam emigrado para a América fugindo da perseguição na Europa. Viviam em situação miserável, num ambiente hostil de gangues e exploração e morando em casas tão precárias que a maioria das pessoas tinha que dormir nos corredores. Eles não tinham presente, por isso as mães diziam que eles eram homens do amanhã. O futuro lhes reservaria a glória.
O livro é destaque não só pela história de Jerry Siegel e Joe Shuster, mas também pela forma detalhada com que conta a história dos personagens que transformaram sonhos em um negócio lucrativo. Vale destacar também as ótimas análises do ambiente histórico em que esses fatos se deram.
Na era de ouro dos quadrinhos, início dos anos 40, a demanda por gibis era tão grande que qualquer um que apresentasse qualquer projeto, por mais maluco que fosse, era aceito. Jones conta a história de um grupo de garotos que escreveu e desenhou uma revista inteira em um final de semana, comendo ovos cozidos na banheira e bebendo leite, porque o editor precisava colocar a revista na gráfica na Segunda-feira.
Lendo Homens do amanhã descobre-se, por exemplo, que Bob Kane, o criador de Batman, dificilmente escrevia ou desenhava suas histórias. O principal roteirista era Bill Finger e os desenhistas eram uma miríade de fantasmas, alguns dos quais ficaram famosos depois. Até mesmo uma coleção de quadros de palhaços que ele gostava de exibir para as garotas em seu apartamento era obra de outro desenhista.
Os desenhistas trabalhavam como loucos e os editores ficavam ricos. Certa vez Jerry Siegel escreveu para a DC pedindo parte dos direitos autorais e o, na época contador e posteriormente sócio, Jack Liebowitz, respondeu que a empresa estava tendo prejuízo e que portanto eles não tinha direito a nada. Mas mandou um cheque de 500 dólares como demonstração de boa-vontade. Isso numa época em que só a revista do Super-homem vendia um milhão de exemplares, fora as mochilas, lancheiras e programas de rádio.
O super-herói era o mito do judeu americano: "Histórias de identidade secreta sempre obviamente encontraram eco entre os filhos de judeus imigrantes, em virtude da necessidade de máscaras; máscaras que permitiam à pessoa tornar-se americano, moderno, consumidor das coisas do mundo. Mas ao mesmo tempo, permitem fazer parte de uma sociedade antiguíssima, ser um elo de uma velha cadeia sempre estivesse no seio seguro daqueles que conheciam seu segredo". O Capitão América corporificou ainda mais esse mito: "Ele é o garoto subnutrido do gueto que adquire uma força desmedida ao agarrar as oportunidades americanas". Não é à toa que quase todos os personagens de quadrinhos se engajaram na guerra contra os nazistas, e muitos de seus criadores participaram do esforço de guerra criando quadrinhos institucionais ou propagandas. Jack Kirby, o quadrinista mais durão que já existiu, foi para o front e recebeu uma barra de chocolate, um rifle M-1 e ordens de ir lá matar Hitler.
Para eles, portanto, deve ter sido muito doloroso quando, no início dos anos 50, o psicólogo judeu Fredrick Wertham acusou os super-heróis de serem nazistas.
Wertham era influenciado pela escola de Frankfurt, em especial pelo filósofo Theodor Adorno. Adorno era um crítico ferrenho da Indústria Cultural. Dizia que a cultura transformada em produto, tinha o objetivo de despertar paixões e depois fornecer uma resolução falsa e reconfortante, que deixava o consumidor com uma sensação de bem-estar incompatível com as realidades da vida. Para Adorno, isso afastava as pessoas da verdadeira arte, individualizada, que provocava desconforto e fazia pensar.
Muitos pensadores têm destacado o fato da Escola de Frankfurt revelar uma visão elitista da cultura, mas nem o maior crítico dessa corrente poderia imaginar o que Werthan provocou, a partir das idéias de Adorno. Em várias cidades houve queimas públicas de gibis. Voluntários passavam de casa em casa, perguntando para os pais se havia quadrinhos em casa e convencendo-os da periculosidade dos mesmos. O material recolhido era colocado em um caminhão e queimado em praça pública. Depois de Werthan, só o que sobrou foram os gibis mais inocentes e foram varridos completamente das bancas qualquer quadrinhos que provocassem inquietude ou que fizessem pensar.
Quando a comissão que investigava a deliquencia juvenil foi a Nova York e Wertham foi confrontado com Bill Gaines, editor da EC Comics (talvez a melhor editora de quadrinhos de todos os tempos), sua fala revelou como era seu método científico. Ele destacou uma história chamada O Açoitamento, em que um racista reúne os amigos para matar um garoto mexicano com quem sua filha está namorando. No final da história, o homem acaba matando a filha, ao invés do garoto. Era, obviamente, uma crítica ao racismo, mas Wertham só enxergou nela racismo: "Hitler era um principiante comparado à indústria de quadrinhos. Ela ensina aos jovens o ódio racial já desde os 4 anos de idade, antes que tenham aprendido a ler".
O método hipotético-dedutivo, o mais aceito pela comunidade acadêmica, diz que o cientista deve procurar provas de que sua hipótese está errada. Uma tese só era válida se passasse no teste do falseamento. Wertham fazia o oposto. Ele escolhia detalhadamente os exemplos que confirmavam suas idéias e ignorava todo o resto.
Mas o grande vilão do livro de Gerard Jones é mesmo Jack Liebowitz. Imigrante judeu e socialista, ele chegou aos EUA fugindo da perseguição na Rússia. No novo mundo, transformou-se em contador de sindicatos, sempre de olho na utopia socialista sonhada por sua família. Na época da depressão financeira, arranjou um emprego na editora DC como contador e foi responsável pelo equilíbrio financeiro da empresa (que então publicava pornografia e tinha ligações com a máfia) no período da Lei Seca. Com o tempo foi galgando poder e se tornou responsável por garantir os direitos do Superman para a DC, deixando Jerry Siegel e Joe Shuster à míngua. Na década de 1960, os principais artistas da casa (Gardner Fox, Curt Swan, Bill Finger e outros) fizeram um movimento por direitos autorais sobre as vendas, remuneração sobre impressões, planos de saúde e aposentadoria. "Sei como se sentem. Também já fui socialista quando era jovem", disse ele, e os despachou com as mãos abanando. Ninguém consegue ser um capitalista selvagem tão bem quanto um ex-comunista...
quinta-feira, julho 20, 2006
Gostei muito do novo filme do Superman. O filme sabe dosar momentos introspectivos com ótimos momentos de ação, é muito fiel ao filme dirigido por Richard Donner e tem um roteiro enxuto, sem muito falatório, deixando que as imagens falem por si. Gosto disso. Leia uma resenha muito elogiosa no Universo HQ.
domingo, julho 16, 2006
O o programa Linha Direta da última semana foi sobre um psicopata que usa a internet para dar golpes em suas vítimas. Saiba mais no site do programa.
segunda-feira, julho 10, 2006
Comprei o disco Tropicália, de Caetano Veloso, na minha opinião o melhor disco do cantor. E, entre as músicas, a melhor do disco é No dia em que eu vi-me embora, infelizmente pouco conhecida. A letra usa vários recursos de linguagem, mas o meu predileto é a elipse. Em "minha mãe até a porta Minha irmã até a rua e até o porto meu pai", o poeta omite o verbo foi, tornando muito bonito o texto. A elipse é um recurso muito usado em quadrinhos, mas só os grandes quadrinistas sabem como se faz. Ah, também vale destacar a capa, que lembra os quadrinhos franceses.
No dia em que eu vim-me embora
(Caetano Veloso e Gilberto Gil)
Int.: No dia em que eu vim-me embora minha mãe chorava em ai
Minha irmã chorava em ui e eu nem olhava pra trás
No dia que eu vim-me embora não teve nada de mais
Mala de couro forrada com pano forte brim cáqui
Minha vó já quase morta, minha mãe até a porta
Minha irmã até a rua e até o porto meu pai
O qual não disse palavra durante todo o caminho
E quando eu me vi sozinho, vi que não entendia nada
Nem de pro que eu ia indo nem dos sonhos que eu sonhava
Senti apenas que a mala de couro que eu carregava
Embora estando forrada fedia, cheirava mal
Afora isto ia indo, atravessando, seguindo
Nem chorando nem sorrindo sozinho pra Capital
Nem chorando nem sorrindo sozinho pra Capital
Sozinho pra Capital
Sozinho pra Capital
Sozinho pra Capital...
Compre CDs de Caetano Veloso no Submarino.
sexta-feira, julho 07, 2006
A Seita dos 500
O vento uivando na janela nas noites frias de inverno conta velhas histórias. Uma delas, a mais antiga e mais secreta, é sobre a criação do mundo. Conta que Deus, no início dos tempos, colocou todas as almas à sua frente e começou a dividir funções:
- Quem quer ser advogado?
Milhões e milhões de almas deram um passo à frente.
- Médicos!
Milhões se ofereceram. E isso durou um longo tempo, ao fim do qual sobraram apenas 500 almas. O criador virou-se para seu secretário e perguntou o que faltava.
- Só quadrinistas, senhor. Ninguém se ofereceu para essa função.
Dessa forma, 500 almas receberam a incumbência de, uma vez no mundo, fazer a alegria dos garotos sardentos e das figuras esquisitas.
Assim, 500 crianças nasceram rabiscando e balbuciando histórias sem nexo. Durante muito tempo não se achou função para elas e acreditava-se mesmo que não serviam para nada. Não sabiam pescar, caçar, plantar ou carregar menires. Mas acabaram sendo aproveitados aqui e ali.
Um deles foi relativamente bem-sucedido ao convencer os outros de que os desenhos feitos nas paredes das cavernas haviam influenciado em alguma coisa na caçada do bisonte. Foi o primeiro quadrinista de sucesso, e também o primeiro mentiroso. E, embora não tenha ficado rico, comeu alguns bons nacos de carne à custa do esforço dos outros.
Depois disso os quadrinistas exerceram atividades que iam da tecelaria aos menestréis.
Mas, na verdade, só se descobriu para que serviam no final do século passado. Desde então são facilmente reconhecidos na rua ou em qualquer outro lugar pelas enormes pastas que carregam embaixo do braço, no caso dos desenhistas, ou pelos óculos dependurados no pescoço e as mãos avermelhadas, no caso dos roteiristas.
Uma das dúvidas que irá certamente assaltar o leitor é: como pode haver apenas 500 almas se já existiu e existe um número bem maior de quadrinistas? A resposta, meus senhores, é que a natureza não poderia ser mais perfeita. Na falta de material humano, ela providenciou condições especiais de reencarnação aos adeptos da nona arte. Assim, quando morrem, eles renascem imediatamente, num corpo já adulto. Isso explica, por exemplo, porque certos personagens de tiras não mudam de estilo, mesmo depois que seus desenhistas titulares falecem. Dick Tracy e Principe Valente são bons exemplos desse curioso fenômeno.
Ainda assim eram poucas as almas para muito trabalho. Assim, providenciou-se para que os quadrinistas pudessem reencarnar em vários corpos ao mesmo tempo. Essa é a razão pela qual - e aqui vai a grande revelação deste artigo - todos os desenhistas da Image têm um traço exatamente igual: é a mesma alma reencarnada em vários corpos! A dúvida é se se trata da alma do Rob Liefield ou do Jim Lee.
Mas não é só isso! O Japão, por exemplo, só foi premiado com uma única alma. É por isso que todos os mangás são iguais
Maurício de Souza é outro que reencarnou em vários corpos.
Entretanto, o exemplo mais espantoso de todos é Walt Disney. Mesmo morto, ele consegue produzir milhares de revistas mensalmente, em praticamente todos os países do Globo! Isso tanto é verdade que ele mesmo assina todas as histórias, em todas as revistas. Como permanecer céptico diante de uma prova tão irrefutável da existência das 500 almas?
Há também aqueles quadrinistas preguiçosos e rebeldes, que se recusam a seguir a lei da natureza e reencarnar em mais de um corpo. Alan Moore é um exemplo desses exclusivistas.
Mas nada pode abalar a verdade suprema a respeito das 500 almas, verdade essa que sobrevive reverenciada numa seita secreta denominada A Grande e Grandiosa Ordem dos 500 Quadrinistas, por Tutatis!
Sei que corro risco de vida ao revelar segredos de uma seita tão secreta que até hoje não se havia tido notícias sobre ela. Mas, já que vim até aqui, talvez não seja de todo mal contar um pouco sobre o ritual que a ordem realiza periodicamente. O ritual não exige muitos recursos. Basta um local afastado, papel, nanquim, uma caneta, lápis, uma máquina de escrever e amendoim torrado. Alguns adeptos menos ortodoxos preferem um computador no lugar da máquina de escrever, mas o amendoim torrado é indispensável.
É claro que uma seita que reuna apenas 500 almas não tem muitas chances de se tornar um sucesso financeiro. Mas, se até aqui conseguimos enganar milhões de garotos sardentos, fazendo-os acreditar que um sujeito pode voar apenas porque usa uma roupa espalhafatosa e veio de Kripton, então talvez seja possível convencê-los a fazer depósitos na minha conta bancária...
PROVAS DA EXISTÊNCIA DA SEITA DOS 500 QUADRINISTAS:
Algumas provas de que a seita dos 500 quadrinistas existe foram colocadas em obras importantes da cultura ocidental. Confira algumas:
As letras de Monalisa multiplicadas pelo ângulo da perspectiva do cenário do quadro é igual a 500, prova de que Leonardo da Vinci era um membro da seita.
No disco Abbey Road, o número de Beatles multiplicado pela quantidade de sapatos e pelo número de músicas é igual a 500. É por isso que Paul está descalço, para que a mensagem ficasse correta...
- Quem quer ser advogado?
Milhões e milhões de almas deram um passo à frente.
- Médicos!
Milhões se ofereceram. E isso durou um longo tempo, ao fim do qual sobraram apenas 500 almas. O criador virou-se para seu secretário e perguntou o que faltava.
- Só quadrinistas, senhor. Ninguém se ofereceu para essa função.
Dessa forma, 500 almas receberam a incumbência de, uma vez no mundo, fazer a alegria dos garotos sardentos e das figuras esquisitas.
Assim, 500 crianças nasceram rabiscando e balbuciando histórias sem nexo. Durante muito tempo não se achou função para elas e acreditava-se mesmo que não serviam para nada. Não sabiam pescar, caçar, plantar ou carregar menires. Mas acabaram sendo aproveitados aqui e ali.
Um deles foi relativamente bem-sucedido ao convencer os outros de que os desenhos feitos nas paredes das cavernas haviam influenciado em alguma coisa na caçada do bisonte. Foi o primeiro quadrinista de sucesso, e também o primeiro mentiroso. E, embora não tenha ficado rico, comeu alguns bons nacos de carne à custa do esforço dos outros.
Depois disso os quadrinistas exerceram atividades que iam da tecelaria aos menestréis.
Mas, na verdade, só se descobriu para que serviam no final do século passado. Desde então são facilmente reconhecidos na rua ou em qualquer outro lugar pelas enormes pastas que carregam embaixo do braço, no caso dos desenhistas, ou pelos óculos dependurados no pescoço e as mãos avermelhadas, no caso dos roteiristas.
Uma das dúvidas que irá certamente assaltar o leitor é: como pode haver apenas 500 almas se já existiu e existe um número bem maior de quadrinistas? A resposta, meus senhores, é que a natureza não poderia ser mais perfeita. Na falta de material humano, ela providenciou condições especiais de reencarnação aos adeptos da nona arte. Assim, quando morrem, eles renascem imediatamente, num corpo já adulto. Isso explica, por exemplo, porque certos personagens de tiras não mudam de estilo, mesmo depois que seus desenhistas titulares falecem. Dick Tracy e Principe Valente são bons exemplos desse curioso fenômeno.
Ainda assim eram poucas as almas para muito trabalho. Assim, providenciou-se para que os quadrinistas pudessem reencarnar em vários corpos ao mesmo tempo. Essa é a razão pela qual - e aqui vai a grande revelação deste artigo - todos os desenhistas da Image têm um traço exatamente igual: é a mesma alma reencarnada em vários corpos! A dúvida é se se trata da alma do Rob Liefield ou do Jim Lee.
Mas não é só isso! O Japão, por exemplo, só foi premiado com uma única alma. É por isso que todos os mangás são iguais
Maurício de Souza é outro que reencarnou em vários corpos.
Entretanto, o exemplo mais espantoso de todos é Walt Disney. Mesmo morto, ele consegue produzir milhares de revistas mensalmente, em praticamente todos os países do Globo! Isso tanto é verdade que ele mesmo assina todas as histórias, em todas as revistas. Como permanecer céptico diante de uma prova tão irrefutável da existência das 500 almas?
Há também aqueles quadrinistas preguiçosos e rebeldes, que se recusam a seguir a lei da natureza e reencarnar em mais de um corpo. Alan Moore é um exemplo desses exclusivistas.
Mas nada pode abalar a verdade suprema a respeito das 500 almas, verdade essa que sobrevive reverenciada numa seita secreta denominada A Grande e Grandiosa Ordem dos 500 Quadrinistas, por Tutatis!
Sei que corro risco de vida ao revelar segredos de uma seita tão secreta que até hoje não se havia tido notícias sobre ela. Mas, já que vim até aqui, talvez não seja de todo mal contar um pouco sobre o ritual que a ordem realiza periodicamente. O ritual não exige muitos recursos. Basta um local afastado, papel, nanquim, uma caneta, lápis, uma máquina de escrever e amendoim torrado. Alguns adeptos menos ortodoxos preferem um computador no lugar da máquina de escrever, mas o amendoim torrado é indispensável.
É claro que uma seita que reuna apenas 500 almas não tem muitas chances de se tornar um sucesso financeiro. Mas, se até aqui conseguimos enganar milhões de garotos sardentos, fazendo-os acreditar que um sujeito pode voar apenas porque usa uma roupa espalhafatosa e veio de Kripton, então talvez seja possível convencê-los a fazer depósitos na minha conta bancária...
PROVAS DA EXISTÊNCIA DA SEITA DOS 500 QUADRINISTAS:
Algumas provas de que a seita dos 500 quadrinistas existe foram colocadas em obras importantes da cultura ocidental. Confira algumas:
As letras de Monalisa multiplicadas pelo ângulo da perspectiva do cenário do quadro é igual a 500, prova de que Leonardo da Vinci era um membro da seita.
No disco Abbey Road, o número de Beatles multiplicado pela quantidade de sapatos e pelo número de músicas é igual a 500. É por isso que Paul está descalço, para que a mensagem ficasse correta...
quarta-feira, julho 05, 2006
Caça às baleias: uma história de horror
A captura indiscriminada de baleias com fins comerciais teve início no século XII, na área do Golfo de Biscaia, no Atlântico Norte, próximo às costas espanhola e francesa. Nos fins do século XIX, ainda com a utilização de arpões de mão, frotas comerciais de nações do hemisfério norte, como os Estados Unidos, Japão, Noruega, Inglaterra, Rússia, entre outras, já devastavam as populações de baleias que viviam nos oceanos do hemisfério sul. Leia mais
Inteligência animal
Durante muitos anos os seres humanos carregaram consigo a ilusão de que eram a única espécie inteligente do planeta. Os achados da ciência têm demonstrado que animais marinhos, como golfinhos e baleias podem ter uma inteligência diferente da nossa, mas ainda assim brilhante.
A descoberta mais recente foi de que os golfinhos chamam uns aos outros por nomes próprios. Cientistas da Universidade de St. Andrews, na Escócia, gravaram os chamados dos golfinhos e alteraram o timbre por computador. Depois colocaram o chamado na água emitindo o chamado. Dos 14 animais pesquisados, 9 responderam ao chamado. Isso siginfica que eles reconhecem não só o timbre da mensagem, mas também seu conteúdo, no caso, seu nome.
Uma pesquisa anterior, de 2001, realizada na Universidade Columbia, nos EUA, descobriu que os golfinhos também são capazes de reconhecer seu reflexo no espelho.
Essa imagem dos golfinhos como seres inteligentes remonta à antiguidade clássica. O herói grego que idealizou o cavalo de tróia tinha como brasão um golfinho, o que demonstra que para os helênicos esses animais representavam a inteligência e a esperteza.
Foi também entre os gregos que surgiu o primeiro relato de um homem salvo pelos golfinhos. Airion estava em um navio, indo de Corinto à Sicília quando marinheiros roubaram seu ouro e o jogaram no mar. Um golfinho o levou nas costas até a praia, salvando sua vida.
Existem diversos relatos de golfinhos que enfrentaram tubarões para salvar humanos e na Amazônia fala-se que durante os naufrágios os botos aparecem para ajudar a salvar as vítimas. Nas lendas amazônicas, o boto é sempre mostrado como inteligente e sensual.
O filósofo grego Aristóteles fez várias observações empíricas desses animais e concluiu que eles têm uma linguagem verbal semelhante à humana.
Não só a inteligência, mas também a bondade dos golfinhos tem sido reconhecida ao longo do tempo. Os primeiros cristãos, para representar Cristo usava a figura de um golfinho. Só tempos depois é que o golfinho foi substituído pelo peixe e, posteriormente, pela cruz.
O neurologista norte-americano John Lilly realizou diversas pesquisas com golfinhos e ensinou um casal a falar 30 palavras em inglês, combinando verbos, pronomes e substantivos. Em uma das experiências, Lili falou para o macho: "Joe, fundo piscina, disco plástico, trazer caixa boiando". Joe desceu e escolheu um entre os dois discos plásticos e o colocou na caixa que boaiva.
Lilly descobriu que esses animais também têm uma ética e um sentimento de grupo avançados. Quando um golfinho é ferido, todo o grupo retarda a velocidade e alimenta o ferido até que ele fique curado.
Outros animais que parecem ter uma inteligência apurada são as baleias. O cientista Carl Sagan descobriu que elas cantam longos cânticos ritmados que ele deduziu serem poemas épicos. Além disso, as baleias sabem contar os meses do ano da mesma forma que nós. Em janeiro elas, em meio a um de suas canções, emitem um silvo característico. Em fevereiro são dois silvos. Em março três e assim sucessivamente até o final do ano, quando o ciclo que reinicia. Se Sagan estiver certo, as baleias contam o tempo e fazem observações astronômicas. O mesmo pode ser dito dos golfinhos. No livro "Golfinho, a nova mitologia", Boris Sai conta que cientistas que haviam se deslocado para a costa do México para observar um eclipse encontraram lá milhares de golfinhos, que pareciam estar lá justamente para observar o fenômeno (o que nos faz concluir que eles são capazes de fazer cálculos astronômicos).
Em uma das conferências de John Lilly uma pessoa da platéia fez um pergunta relevante: se golfinhos e baleias são tão inteligentes, por que não dominam o mundo? A resposta de Lilly foi: "Talvez eles sejam tão inteligentes que não queiram isso, dominar o mundo é só uma tentativa frustada de dominar a sua própria insegurança interna".
Nesse sentido, talvez golfinhos e baleias sejam muito mais inteligentes que nós, que matamos nossos próprios semelhantes e destruimos aos poucos o mundo que nos abriga.
Compre, no Submarino, o seriado Seaquest, que explora o tema dos golfinhos inteligentes.
domingo, julho 02, 2006
Estávamos fazendo uma limpeza na estante das crianças e selecionamos vários livros e gibis que poderiam ser doados. Surgiu a dúvida: doar para quem? Minha mulher deu uma ótima sugestão: fazer uma gibiteca aqui em casa, para as crianças da rua. E todo mundo está empolgado. As próprias crianças vão cuidar da divulgação e do controle dos empréstimos. Vamos montar uma salinha na garagem, com cadeiras, mesas, esteira... uma opção para as crianças nas férias.
Além do Mais
Julio Daio Borges
"A melhor coisa desta derrota, afinal, é que caiu definitivamente a máscara de Parreira (um vencedor medíocre) e de jogadores como os Ronaldos, que nunca mereceram nem metade dos recordes e dos elogios." Leia mais
Julio Daio Borges
"A melhor coisa desta derrota, afinal, é que caiu definitivamente a máscara de Parreira (um vencedor medíocre) e de jogadores como os Ronaldos, que nunca mereceram nem metade dos recordes e dos elogios." Leia mais
MELHORES MOMENTOS DO CINEMA
Cidadão Kane inteiro pode ser considerado um dos melhores momentos do cinema. Quase todas as cenas são célebres, mas duas se destacam. A cena inicial, mostrando as grades da mansão e simbolizando o afastamento de Kane com relação ao mundo, e a cena do comício. Nesta última, Kane foi filmado de baixo para cima, dando um ar de superioridade e controle ao personagem.
Dia desses no programa Meio-dia o repórter fazia uma matéria sobre ciúme e, à certa altura, disse: "Mas também existe o amor platônico, que mata o outro". Pobre Platão! Amor platônico é um amor contemplativo em que o amante ama em silêncio e, por alguma razão, não revela seu amor. O nome amor amor platônico provavelmente se deve à teoria do mundo das idéias, de Platão. Assim o amor platônico se daria apenas no mundo das idéias e não se realizaria neste mundo... e nunca ouvi falar de um amante platônico que tenha matado a pessoa pela qual ele está apaixonado...
sábado, julho 01, 2006
MELHORES MOMENTOS DO CINEMA
NO filme Sinais, quando os extraterrestres estão quase invadindo a casa e, no meio do desespero o personagem de Mel Gibson conta para a filha o que aconteceu quando ela nasceu.
Bienal
Bienal
Zeca Baleiro
Desmaterializando a obra de arte do fim do milênio
Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta
Teu conceito parece, à primeira vista,
Um barrococó figurativo neo-expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
Ao cabo da revalorização da natureza morta
Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria,
"Meu filho, isso é mais estranho que o cu da gia
E muito mais feio que um hipopótamo insone"
Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno,
Calcular o produto bruto interno,
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone,
Rodopiando na fúria do ciclone,
Reinvento o céu e o inferno
Minha mãe não entendeu o subtexto
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana
Com a graça de Deus e Basquiá
Nova York, me espere que eu vou já
Picharei com dendê de vatapá
Uma psicodélica baiana
Misturarei anáguas de viúva
Com tampinhas de pepsi e fanta uva
Um penico com água da última chuva,
Ampolas de injeção de penicilina
Desmaterializando a matéria
Com a arte pulsando na artéria
Boto fogo no gelo da Sibéria
Faço até cair neve em Teresina
Com o clarão do raio da siribrina
Desintegro o poder da bactéria
Com o clarão do raio da siribrina
Desintegro o poder da bactéria
Essa patifaria intelectual a que se refere Gabriel Periseé não ocorre apenas nas discussões, mas também na arte. Quando fui jornalista cultural em Curitiba conheci muita gente que usava a modalidade instalação para esconder sua própria falta de talento. Quando eu os entrevistava, as falas deles eram absolutamente incompreensíveis e não faziam sentido algum. Lembro de um artista que fez uma instalação colocando 100 copos descartáveis cheios de água no chão do Museu. Só de sarro, perguntei a ele o que, para ele, a água simbolizava. A resposta foi mais ou menos assim: "A água é um substrato autêntico dos arquétipos arstisticos no contexto pós-moderno". Sinceramente, depois de Duchamp, qualquer instalação é pura redundância.
Zeca Baleiro
Desmaterializando a obra de arte do fim do milênio
Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta
Teu conceito parece, à primeira vista,
Um barrococó figurativo neo-expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
Ao cabo da revalorização da natureza morta
Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria,
"Meu filho, isso é mais estranho que o cu da gia
E muito mais feio que um hipopótamo insone"
Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno,
Calcular o produto bruto interno,
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone,
Rodopiando na fúria do ciclone,
Reinvento o céu e o inferno
Minha mãe não entendeu o subtexto
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana
Com a graça de Deus e Basquiá
Nova York, me espere que eu vou já
Picharei com dendê de vatapá
Uma psicodélica baiana
Misturarei anáguas de viúva
Com tampinhas de pepsi e fanta uva
Um penico com água da última chuva,
Ampolas de injeção de penicilina
Desmaterializando a matéria
Com a arte pulsando na artéria
Boto fogo no gelo da Sibéria
Faço até cair neve em Teresina
Com o clarão do raio da siribrina
Desintegro o poder da bactéria
Com o clarão do raio da siribrina
Desintegro o poder da bactéria
Essa patifaria intelectual a que se refere Gabriel Periseé não ocorre apenas nas discussões, mas também na arte. Quando fui jornalista cultural em Curitiba conheci muita gente que usava a modalidade instalação para esconder sua própria falta de talento. Quando eu os entrevistava, as falas deles eram absolutamente incompreensíveis e não faziam sentido algum. Lembro de um artista que fez uma instalação colocando 100 copos descartáveis cheios de água no chão do Museu. Só de sarro, perguntei a ele o que, para ele, a água simbolizava. A resposta foi mais ou menos assim: "A água é um substrato autêntico dos arquétipos arstisticos no contexto pós-moderno". Sinceramente, depois de Duchamp, qualquer instalação é pura redundância.
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