quarta-feira, outubro 03, 2007




Acabei de ler o volume 28 de Lobo Solitário. O último da série. É o tipo de história que te prende, fazendo com que você comece a ler e não consiga parar. Uma vez, entrevistando Cláudio Seto por e-mail, ele me escrevia sobre características culturais dos japoneses e eu as comparava com a cultura dos mineiros. No Japão, você só aceita favores ou presentes de pessoas que respeita e nas quais confia, porque depois você fica no compromisso de retribuir esse favor. Por isso, recusar um presente ou um favor é a maior das ofensas: é como se a pessoa que recusa estivesse dizendo: eu não confio em você. Em Lobo Solitário, embora Ito Ogami e Retsudô Yagyu sejam inimigos e estejam duelando na tentativa de matar um ao outro, eles se respeitam a ponto de fazerem favores um para o outro. Quando Yagyu é preso, Ogami vai lá, perguntar se ele quer ser solto. Antes da batalha final, Yagyu manda um homem amolar a espada de Ogami.

3 comentários:

lionel disse...

homem esse que na verdade era um ninja e acaba sabotando a espada do ogami.

Gian Danton/Ivan Carlo disse...

Sim, verdade, mas o interessante é a atitude de Ogami, de não desconfiar disso, pois tinha grande respeito pelo inimigo e não poderia imaginar que este fizesse algo do gênero.

lionel disse...

o yagyu era baita filho da puta e no começo até perto do fim da série o kojima caracterizava ele como um cara capaz de fazer qualquer sacanagem pra vencer, sendo até meio escroto a ponto de tentar comer a própria filha. mas quando apareceu o envenenador gordão pra ocupar a posição de escrotão, o kojima deu uma atenuada no yagyu e decidiu transformar ele mais em samurai, e por fim deixou claro que o yagyu se esconde atrás da honra e do código dos samurais por conveniencia e para atingir seus próprios objetivos, como vemos na cena dele se matirizando com agua gelada só pra aparecer pro shogum.