Durante muito tempo, o herói nacional foi Macunaíma. Malandro, sua principal virtude era o jeitinho brasileiro. Filmes, livros e até histórias em quadrinhos tinham como personagem principal o malandro, o fora da lei, e muitas vezes até o bandido. O anti-herói era justamente quem fazia sucesso.
Essa abordagem, provavelmente, tem origem na ditadura militar. Nesse período negro de nossa história, a autoridade foi associada à repressão política e a interesses escusos. A figura do policial e do militar foi associada a isso. Para contrapor, o imaginário popular elegeu o malandro.
O sucesso do filme Tropa de Elite mostra que, provavelmente, isso está mudando. Num país em que a violência e a corrupção campeiam, as pessoas começam a se mostrar cansadas do estereótipo Macunaíma e querem um novo modelo. E esse o novo modelo apareceu com o Capitão Nascimento, intepretado no filme pelo ator Wagner Moura.
Suas máximas são repetidas à exaustão por jovens e até já viraram objeto de anedotas. Um e-mail que está circulando na net imagina como seria a atuação do Capitão em Brasília. Aos deputados e senadores acusados de corrupção, ele gritaria: ¨Pede para sair! Pede para sair!¨. Se um parlamentar fosse renunciar para não perder o mandato, ele teria que subir na tribuna e gritar bem alto: ¨Eu desisto!¨, para todo mundo saber que ele é um fraco.
Em uma anedota, o Capitão Nascimento se vê numa disputa com McGyver e Jack Bauer. Enquanto os outros passam dias para encontrar um coelho no meio de uma floresta, o Capitão Nascimento simplesmente grita: ¨Pede pra sair!!! Pede pra sair cambada!!!¨e, em menos de cinco segundos saem da floresta não só o coelho, como também jacarés, Shrek, o monstro de Lost e até o Bin Laden.
Quando um personagem entra para o anedotário popular, é porque ele captou um anseio nacional e é isso que o filme Tropa de Elite fez. O herói Nascimento cutuca a ferida ao mostrar a corrupção na polícia e na política, ao falar da inutidade das passeatas pela paz, ao apontar o dedo para os usuários de drogas, responsabilizando-os pelas mortes de crianças nos morros.
Para a maioria dos brasileiros, a violência do capitão Nascimento é um mal menor diante de sua grande qualidade: ele é incorruptível. Em determinada cena do filme, ele diz que, no Rio de Janeiro, policial ou se corrompe, ou é omisso, ou vai para a guerra. Ele vai para a guerra e quando faz isso cria uma catarse para os brasileiros. Vivemos num país em que casos de corrupção terminam em pizza, em que políticos usam e abusam dos bens públicos. Vivemos num país em que as pessoas de bem vivem enclausuradas dentro de casa, com medo, numa época em que o direito do assassino conta mais que a vida da vítima e de sua família. Quando o Capitão Nascimento sobe o morro, é como se estivesse lavando a alma dos brasileiros.
Em uníssono com as questões levantadas pelo filme Tropa de Elite, circula uma mensagem, em e-mails e blogs, com uma carta de uma mãe de um rapaz assassinado endereçada à mãe do rapaz que o matou, e termina com o lema: ¨Chega de inversão de valores!Direitos humanos são para humanos direitos!!¨, Essas palavras parecem ter saído da boca do Capitão Nascimento.
Essa abordagem, provavelmente, tem origem na ditadura militar. Nesse período negro de nossa história, a autoridade foi associada à repressão política e a interesses escusos. A figura do policial e do militar foi associada a isso. Para contrapor, o imaginário popular elegeu o malandro.
O sucesso do filme Tropa de Elite mostra que, provavelmente, isso está mudando. Num país em que a violência e a corrupção campeiam, as pessoas começam a se mostrar cansadas do estereótipo Macunaíma e querem um novo modelo. E esse o novo modelo apareceu com o Capitão Nascimento, intepretado no filme pelo ator Wagner Moura.
Suas máximas são repetidas à exaustão por jovens e até já viraram objeto de anedotas. Um e-mail que está circulando na net imagina como seria a atuação do Capitão em Brasília. Aos deputados e senadores acusados de corrupção, ele gritaria: ¨Pede para sair! Pede para sair!¨. Se um parlamentar fosse renunciar para não perder o mandato, ele teria que subir na tribuna e gritar bem alto: ¨Eu desisto!¨, para todo mundo saber que ele é um fraco.
Em uma anedota, o Capitão Nascimento se vê numa disputa com McGyver e Jack Bauer. Enquanto os outros passam dias para encontrar um coelho no meio de uma floresta, o Capitão Nascimento simplesmente grita: ¨Pede pra sair!!! Pede pra sair cambada!!!¨e, em menos de cinco segundos saem da floresta não só o coelho, como também jacarés, Shrek, o monstro de Lost e até o Bin Laden.
Quando um personagem entra para o anedotário popular, é porque ele captou um anseio nacional e é isso que o filme Tropa de Elite fez. O herói Nascimento cutuca a ferida ao mostrar a corrupção na polícia e na política, ao falar da inutidade das passeatas pela paz, ao apontar o dedo para os usuários de drogas, responsabilizando-os pelas mortes de crianças nos morros.
Para a maioria dos brasileiros, a violência do capitão Nascimento é um mal menor diante de sua grande qualidade: ele é incorruptível. Em determinada cena do filme, ele diz que, no Rio de Janeiro, policial ou se corrompe, ou é omisso, ou vai para a guerra. Ele vai para a guerra e quando faz isso cria uma catarse para os brasileiros. Vivemos num país em que casos de corrupção terminam em pizza, em que políticos usam e abusam dos bens públicos. Vivemos num país em que as pessoas de bem vivem enclausuradas dentro de casa, com medo, numa época em que o direito do assassino conta mais que a vida da vítima e de sua família. Quando o Capitão Nascimento sobe o morro, é como se estivesse lavando a alma dos brasileiros.
Em uníssono com as questões levantadas pelo filme Tropa de Elite, circula uma mensagem, em e-mails e blogs, com uma carta de uma mãe de um rapaz assassinado endereçada à mãe do rapaz que o matou, e termina com o lema: ¨Chega de inversão de valores!Direitos humanos são para humanos direitos!!¨, Essas palavras parecem ter saído da boca do Capitão Nascimento.
1 comentário:
Um Sr, idoso que encontrei na rua, disse:
“Não importa de onde veio... mas, veio!!!... O Brasileiro estava sufocado, finalmente um grito!!!!...”.
“CAVEIRA”!!!
Walter Klattu, enchendo o saco no seu blogger!!!
Enviar um comentário