história dos quadrinhos 22
Os fumetti
Apesar da forte concorrência dos quadrinhos americanos e dos mangás, os quadrinhos italianos ainda sobrevivem e fazem sucesso em vários países principalmente na forma de gibis grossos, com histórias em preto e branco, muitas vezes tratando do velho oeste americano. São os fumetti, cujo melhor exemplo é Tex.
Após a II Guerra Mundial, a Itália parecia buscar uma identididade cultural e ela, em muitos sentidos, foi conseguida através do fumettis. O primeiro personagem a fazer sucesso no pós-guerrra foi L´Asso di Piche, com roteiro de Alberto Ongaro e desenhos de Mario Faustinelli e Hugo Pratt. O personagem era uma mistura de Fantasma, Batman e Spirit e fez pouco sucesso de público, mas garantiu contratos para que seus autores fossem atuar na Argentina.
Na década de 1950 os editores italianos viram as vendas dos comics americanos decaírem e resolveram investir em produtos nacionais.
Tex Willer, surgido em 1948 foi o personagem que fez mais sucesso. Ele é um ranger, casado com a filha de um chefe índio, com quem tem um filho, Kit. Até então, a maioria dos faroestes mostravam os índios apenas como selvagens a serem mortos. Tex revolucionou ao mostrá-los com simpatia. Mas, segundo a História de Los Comics, a razão do sucesso estava principalmente no desenho realista e ágil de aurélio Galleppini e nos roteiros de Gian Luigi Bonelli, sempre muito exatos nas informações históricas e geográficas. ¨Sempre tenho tentado recriar a verdadeira atmosfera do velho oeste, em que homens justos se viam obrigados a usar a lei do colt para reprimir os abusos e violências de homens sem escrúpulos. Por isso, tenho usado uma linguagem forte e roteiros violentos¨, declarou Bonelli.
A editora Bonelli praticamente padronizou os quadrinhos populares italinos, publicando gibis auto-contidos, com histórias longas em preto e branco.
Depois de Tex, outro grande sucesso foi Zagor, criado por Guido Nolitta (pseudônimo de Sergio Bonelli, filho do criador de Tex) e idealizado graficamente por Gallieno Ferri , uma mistura de faroeste com fantasia. Também Akin, uma espécie de Tarzan que fala com os animais e Diabolik fizeram grande sucesso. Diabolik, criado pelas irmãs Ângela e Luciana Giussani, causou grande polêmica por ter como protagonista um vilão, que constantemente derrota a polícia.
A editora criada por Bonelli torna-se a casa dos principais criadores italianos. Seu filho Sérgio iria substitui-lo não só na administração, mas também nos roteiros e acabaria se revelando um ótimo redator.
Aos poucos, a editora diversifica sua linha de gibis, com personagens como Mister No (um aventureiro), Nick Raider (um policial em Nova York), e terror (com Dylan Dog).
Mas a maior obra-prima publicada pela editora foi sem dúvida Ken Parker, o mais humano dos cowboys, criação de Ivo Milazzo (desenhos) e Berardi (roteiros).
Um diferencial dos fumetti é o fato de que, ao contrário do que aconteceu nos EUA, o desenho não se sobrepôs ao roteiro. O objetivo de qualquer revista publicada pela Bonelli ou por suas concorrentes mais diretas, é contar uma boa história, e um bom desenho é colocado sempre a serviço da história, e não o contrário.
Uma curiosidade: Tex foi, durante muitos anos, a revista predileta dos vigias noturnos.
Os fumetti
Apesar da forte concorrência dos quadrinhos americanos e dos mangás, os quadrinhos italianos ainda sobrevivem e fazem sucesso em vários países principalmente na forma de gibis grossos, com histórias em preto e branco, muitas vezes tratando do velho oeste americano. São os fumetti, cujo melhor exemplo é Tex.
Após a II Guerra Mundial, a Itália parecia buscar uma identididade cultural e ela, em muitos sentidos, foi conseguida através do fumettis. O primeiro personagem a fazer sucesso no pós-guerrra foi L´Asso di Piche, com roteiro de Alberto Ongaro e desenhos de Mario Faustinelli e Hugo Pratt. O personagem era uma mistura de Fantasma, Batman e Spirit e fez pouco sucesso de público, mas garantiu contratos para que seus autores fossem atuar na Argentina.
Na década de 1950 os editores italianos viram as vendas dos comics americanos decaírem e resolveram investir em produtos nacionais.
Tex Willer, surgido em 1948 foi o personagem que fez mais sucesso. Ele é um ranger, casado com a filha de um chefe índio, com quem tem um filho, Kit. Até então, a maioria dos faroestes mostravam os índios apenas como selvagens a serem mortos. Tex revolucionou ao mostrá-los com simpatia. Mas, segundo a História de Los Comics, a razão do sucesso estava principalmente no desenho realista e ágil de aurélio Galleppini e nos roteiros de Gian Luigi Bonelli, sempre muito exatos nas informações históricas e geográficas. ¨Sempre tenho tentado recriar a verdadeira atmosfera do velho oeste, em que homens justos se viam obrigados a usar a lei do colt para reprimir os abusos e violências de homens sem escrúpulos. Por isso, tenho usado uma linguagem forte e roteiros violentos¨, declarou Bonelli.
A editora Bonelli praticamente padronizou os quadrinhos populares italinos, publicando gibis auto-contidos, com histórias longas em preto e branco.
Depois de Tex, outro grande sucesso foi Zagor, criado por Guido Nolitta (pseudônimo de Sergio Bonelli, filho do criador de Tex) e idealizado graficamente por Gallieno Ferri , uma mistura de faroeste com fantasia. Também Akin, uma espécie de Tarzan que fala com os animais e Diabolik fizeram grande sucesso. Diabolik, criado pelas irmãs Ângela e Luciana Giussani, causou grande polêmica por ter como protagonista um vilão, que constantemente derrota a polícia.
A editora criada por Bonelli torna-se a casa dos principais criadores italianos. Seu filho Sérgio iria substitui-lo não só na administração, mas também nos roteiros e acabaria se revelando um ótimo redator.
Aos poucos, a editora diversifica sua linha de gibis, com personagens como Mister No (um aventureiro), Nick Raider (um policial em Nova York), e terror (com Dylan Dog).
Mas a maior obra-prima publicada pela editora foi sem dúvida Ken Parker, o mais humano dos cowboys, criação de Ivo Milazzo (desenhos) e Berardi (roteiros).
Um diferencial dos fumetti é o fato de que, ao contrário do que aconteceu nos EUA, o desenho não se sobrepôs ao roteiro. O objetivo de qualquer revista publicada pela Bonelli ou por suas concorrentes mais diretas, é contar uma boa história, e um bom desenho é colocado sempre a serviço da história, e não o contrário.
Uma curiosidade: Tex foi, durante muitos anos, a revista predileta dos vigias noturnos.
1 comentário:
Olá Gian Danton, gosto muito dos fumetti é uma influência para qualquer leitor, argumentista e desenhista que se preze, ouço falar muito de seus roteiros, mas infelizmente até hoje só conheci umas histórias que vc escreveu para uma hq desenhada pelo Bené ( Joe Bennet hoje) em preto e branco muito antigas, tenho boas recordações disso, é interesante como voçe introduz uma complementação científica em seus textos acho que falta muito disso nos quadrinhos, hj em dia é muito difícil se ter bons argumentistas brasileiros (ou até tem alguns mas estão escondidos ou sei lá),digo isso por que sou desenhista de Hqs e faço designer para desenvolvimento de personagens para diversas áreas, mas como argumentista sou uma negação que só, um dia quem sabe gostaria de desenhar um roteiro seu, mas é só um desejo meu...
...No tudo mais só elogios aos seus textos e trabalhos, está realmente de parabéns!!!
Um cordial abraço!!!!!!!
Rodrigo Lara
Meu E-mail:
rodprint2003@yahoo.com.br
Meu Blog:
Http://rodlaradesign.blogspot.com/
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