Carlos Zéfiro foi uma das figuras mais importantes do imaginário popular brasileiro nos anos 1950, 1960 e 1970. Ele foi o primeiro a realizar quadrinhos eróticos, que não podiam ser vendidos abertamente, então eram vendidos pelos jornaleiros dentro de catecismos, razão pela qual acabaram sendo chamados de catecismos.
Vários autores já se debruçaram sobre o obra de Zéfiro, analisando-a do ponto de vista antropológico (eu entre eles), a maioria seguindo a linha de Roberto da Matta, que também escreveu sobre o quadrinista numa coletânea organizada pelo Joaquim Marinho (durante muitos anos secretário de cultura do Amazonas).
Embora seu desenhos fossem toscos, Zéfiro sintetizou como ninguém a cultura sexual brasileira, realizando um trabalho que nos diz mais sobre os anos 1950, 1960 e 1970 que a maioria das teses acadêmicas.
Apesar disso, é hoje, um autor relativamente desconhecido for do circulo de colecionadores. Uma tentativa de reconhecimento se deu quando Marisa Monte lançou o disco Barulhinho Bom, cuja capa e ilustrações internas eram todas de Zéfiro.
Agora existe um site especializado nesse autor, no qual é possível ter acesso à maioria dos catecismos de Zéfiro. Só para maiores de 18 anos.
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