sábado, junho 07, 2008



Esses dias comprei no sebo Cantinho Cultural o livro Homem, mulher e cia Ltda, de Carlos Eduardo Novaes (Ática, 1987). Mesmo estando num período complicado, com seminário de Marketing, palestra sobre psicopatas, participação em bancas de pós-graduação, acabei arranjando um tempinho para ler algumas crônicas. Na década de 1980, o jornal O Liberal publicava os textos do Novaes acho que diariamente. Além disso, de vez em quando era possível achar textos dele na MAD. Lembro que na eleição para presidente de 1989, os textos dele eram lidos e comentados por todo mundo na Universidade. Ele chegou a inventar um personagem hilário, que era cabo eleitoral de um candidato que não tinha chance nenhuma e, por isso, dedicava sua vida a tirar votos dos outros. Ele, por exemplo, batia nas cabeças das crianças, dizendo que era eleitor do Roberto Freire e que estava vendo se as crianças estavam maduras para serem comidas quando o candidato do Partido Comunista chegasse ao poder...


Sempre quis escrever textos humorísticos tão bons quanto os dele. A crônica O Homem Virgem (logo abaixo), é uma tentativa nesse sentido.

Em Homem, mulher e cia ltda, Novaes trata da relação entre homens e mulheres. Particulamente hilárias a crônica sobre o homem que acha que está com AIDS e a outra sobre o verdadeiro significado das frases das mulheres. Por exemplo, quando ela diz ¨Estou sem roupa¨, isso quer dizer qu ela está com o guarda-roupa cheio de roupas, mas está enjoada de todas. Quando ela diz: ¨Vou sair para comprar um vestido¨ quer dizer que vai sair para comprar um vestido, um sapato, uma bolsa, uma meia... Segundo Novaes, ainda não nasceu mulher que saia para comprar um vestido e volta apenas com um vestido.

Ler Homem, mulher e cia Ltda está sendo não só divertido, mas também um exercício de saudosismo...

Compre livros de Carlos Eduardo Novaes no Submarino.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ivan, também li muito Carlos Edurado Novaes, na época da Universidade. Era uma delicia. O Livri Na República dos Jerimuns, lançado no Governo Sarney, é genial.