Com a criação do relógio, surgiu a visão mecanicista e determinista do mundo. Ou seja, o mundo passou a ser visto como um relógio, uma máquina determinada e previsível. Até mesmo a educação e o trabalho passaram a ser regidos pelo relógio. Um professor, por exemplo, passou a ser pago quantidade de horas que lecionava.
Mas essa visão mecanicista do mundo parte da idéia newtoniana de que o tempo é um valor absoluto. Ou seja, o templo flui da mesma maneira em todos os lugares do universo. A teoria da relatividade de Einstein, no entanto, mostrou que essa idéia é equivocada. O tempo não é um valor absoluto, mas relativo. O mesmo evento visto por duas pessoas pode ser percebido em momentos diferentes, dependendo do ponto de observação.
Tanto a velocidade quanto a gravidade podem afetar o tempo. O tempo passa mais devagar para pessoas que estão em alta velocidade. Isso é exemplificado pelo chamado “paradoxo dos gêmeos”. Temos dois gêmeos, João e Maria. Um deles, Maria, faz uma viagem espacial à velocidade da luz. Para ela, a viagem dura apenas um ano, mas quando ela volta, descobre que seu irmão está 10 anos mais velho. Em viagens de avião, essa diferença é mínima, mas pode ser percebida por relógios atômicos. Isso significa que enquanto você faz uma viagem de avião, o tempo corre mais lento para você do que para quem está parado.
Da mesma forma, o tempo passa mais lentamente para quem vive em um planeta com alta gravidade. Esse achatamento do tempo já foi demonstrando em submarinos, que estão mais próximos do centro gravitacional da Terra.
Fora os aspectos físicos, há aspectos psicológicos que influenciam na percepção do tempo. Situações de tensão e preocupação podem fazer o tempo correr mais lentamente. Foi o que descobriu o professor Antônio Damásio, diretor do Departamento de Neurologia da Universidade de Iowa. Na edição nacional da revista Scientific American (n.5), ele publicou um artigo explicando como o cineasta Alfred Hitchcock dilatou o tempo no filme Festim Diabólico. A película conta uma história que se inicia às 15:30 e termina às 21:15. ou seja, o tempo dramático é de 105 minutos. Ocorre que o filme foi feito em tempo real, sem cortes, e resulta em 8 rolos de 10 minutos. Ou seja, 80 minutos.
Em outras palavras, o tempo real do filme não bate com o tempo percebido pelos expectadores.
Como o filme deixa os expectadores tensos o tempo todo, parece que se passou mais tempo. Segundo Damásio, “Quando estamos incomodados e preocupados, freqüentemente sentimos o tempo passar mais devagar, porque nos concentramos nas imagens negativas associadas à nossa ansiedade”.
Em outras palavras, uma aula monótona e desinteressante parece decorrer em maior tempo do que uma aula divertida e interessante, que parece passar mais rapidamente, por mais que nos dois casos, os professores passem exatamente 50 minutos do relógio em sala de aula (aliás, pela lógica do relógio, o primeiro professor deveria ganhar mais, já que passou mais tempo em sala de aula).
Essa extensão do tempo pode mesmo ser uma estratégia de sobrevivência, pois nos dá maior prazo para reação em situações de perigo.
Em setembro de 1980, o piloto de testes da marinha americana Russ Stromberg sofreu um acidente após decolar de um porta-aviões. Até o avião mergulhar no mar, ele teve 8 segundos para decidir o que fazer para se salvar. Tudo entrou em câmara lenta, disse ele, depois. Ele primeiro tentou religar o motor. Como isso não funcionou, ele decidiu se ejetar, mas para isso ele precisava verificar se estava segurando corretamente a barra do assento ejetor. No final, ele acabou se ejetando 10 metros acima da água. Mais tarde ele tentou descrever tudo que lhe passara pela cabeça durante a queda e levou 45 minutos. Ou seja, embora o tempo de relógio do acidente tenha sido de 8 segundos, para Stromberg se passaram algo em torno de 45 minutos...
Mas essa visão mecanicista do mundo parte da idéia newtoniana de que o tempo é um valor absoluto. Ou seja, o templo flui da mesma maneira em todos os lugares do universo. A teoria da relatividade de Einstein, no entanto, mostrou que essa idéia é equivocada. O tempo não é um valor absoluto, mas relativo. O mesmo evento visto por duas pessoas pode ser percebido em momentos diferentes, dependendo do ponto de observação.
Tanto a velocidade quanto a gravidade podem afetar o tempo. O tempo passa mais devagar para pessoas que estão em alta velocidade. Isso é exemplificado pelo chamado “paradoxo dos gêmeos”. Temos dois gêmeos, João e Maria. Um deles, Maria, faz uma viagem espacial à velocidade da luz. Para ela, a viagem dura apenas um ano, mas quando ela volta, descobre que seu irmão está 10 anos mais velho. Em viagens de avião, essa diferença é mínima, mas pode ser percebida por relógios atômicos. Isso significa que enquanto você faz uma viagem de avião, o tempo corre mais lento para você do que para quem está parado.
Da mesma forma, o tempo passa mais lentamente para quem vive em um planeta com alta gravidade. Esse achatamento do tempo já foi demonstrando em submarinos, que estão mais próximos do centro gravitacional da Terra.
Fora os aspectos físicos, há aspectos psicológicos que influenciam na percepção do tempo. Situações de tensão e preocupação podem fazer o tempo correr mais lentamente. Foi o que descobriu o professor Antônio Damásio, diretor do Departamento de Neurologia da Universidade de Iowa. Na edição nacional da revista Scientific American (n.5), ele publicou um artigo explicando como o cineasta Alfred Hitchcock dilatou o tempo no filme Festim Diabólico. A película conta uma história que se inicia às 15:30 e termina às 21:15. ou seja, o tempo dramático é de 105 minutos. Ocorre que o filme foi feito em tempo real, sem cortes, e resulta em 8 rolos de 10 minutos. Ou seja, 80 minutos.
Em outras palavras, o tempo real do filme não bate com o tempo percebido pelos expectadores.
Como o filme deixa os expectadores tensos o tempo todo, parece que se passou mais tempo. Segundo Damásio, “Quando estamos incomodados e preocupados, freqüentemente sentimos o tempo passar mais devagar, porque nos concentramos nas imagens negativas associadas à nossa ansiedade”.
Em outras palavras, uma aula monótona e desinteressante parece decorrer em maior tempo do que uma aula divertida e interessante, que parece passar mais rapidamente, por mais que nos dois casos, os professores passem exatamente 50 minutos do relógio em sala de aula (aliás, pela lógica do relógio, o primeiro professor deveria ganhar mais, já que passou mais tempo em sala de aula).
Essa extensão do tempo pode mesmo ser uma estratégia de sobrevivência, pois nos dá maior prazo para reação em situações de perigo.
Em setembro de 1980, o piloto de testes da marinha americana Russ Stromberg sofreu um acidente após decolar de um porta-aviões. Até o avião mergulhar no mar, ele teve 8 segundos para decidir o que fazer para se salvar. Tudo entrou em câmara lenta, disse ele, depois. Ele primeiro tentou religar o motor. Como isso não funcionou, ele decidiu se ejetar, mas para isso ele precisava verificar se estava segurando corretamente a barra do assento ejetor. No final, ele acabou se ejetando 10 metros acima da água. Mais tarde ele tentou descrever tudo que lhe passara pela cabeça durante a queda e levou 45 minutos. Ou seja, embora o tempo de relógio do acidente tenha sido de 8 segundos, para Stromberg se passaram algo em torno de 45 minutos...
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1 comentário:
texto lgl e muito interessante...
muitas pessoas comentam o sobre essas situaçoes do tempo passar as vezes mais devagar e outras mais rapido...
muito lgl...
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