Alguns devem se lembrar do projeto a respeito dos cibercrimes de autoria do senador mineiro Eduardo Azeredo. Houve uma gritaria geral porque o projeto previa, entre outras coisas, que o provedor certificasse quem estava acessando o computador naquele momento, algo quase impossível que, se colocada em prática, aumentaria muito os custos de internet. Na época a imprensa apurou que a única empresa capaz de dar essa certificação digital é de um amigo do Azeredo... pois bem, depois de todos os protestos, o projeto continuou tramitando, em segredo e foi aprovado no dia 9 de julho, na surdina. O projeto inviabiliza, por exemplo, as redes sem fio Wi-fi. Pior, invabiliza uma prática comum em blogs. É comum os blogueiros colocarem partes de matérias, apontando, ao final, link para a matéria toda. Pela nova lei, isso seria crime. Para evitar que esse disparate seja aprovado na câmara, está sendo feita uma petição on-line. A petição diz, entre outras coisas:
¨Construída colaborativamente, a rede é uma das maiores expressões da diversidade cultural e da criatividade social do século XX. Descentralizada, a Internet baseia-se na interatividade e na possibilidade de todos tornarem-se produtores e não apenas consumidores de informação, como impera ainda na era das mídias de massa. Na Internet, a liberdade de criação de conteúdos alimenta, e é alimentada, pela liberdade de criação de novos formatos midiáticos, de novos programas, de novas tecnologias, de novas redes sociais. A liberdade é a base da criação do conhecimento¨.
Pelo projeto, os internautas não poderiam ser mais produtos de informação, mas apenas receptores, o que não espanta, já que a proposta vem de um político. Os políticos sempre tiveram muito medo da internet e sua capacidade de informação livre, já que os internautas não são controlados por grandes grupos de comunicação (os quais pertencem aos políticos), como o rádio e a televisão.
Para assinar a petição, clique aqui.
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