Este foi o final de semana dos bons filmes. Saimos do cinema e fomos na locadora, onde pegamos, entre outros, O Mais Longo dos dias e Ratatouille. O mais longo dos dias é um dos melhores filmes sobre o dia D, a invasão aliada à Normandia. Os roteiristas tiveram o cuidado de serem bem fieis do ponto de vista histórico. A invasão é vista do ponto de vista de soldados que foram de planador para ocupar uma ponte, da resistência francesa, dos para-quedistas que saltaram antes da invasão e dos homens que embarcaram em cada uma das praias. Pensei que eles fossem pegar leve, atenuando alguns fatos históricos, mas as coisas são mostradas como realmente aconteceram: a queda dos paraquedistas em locais errados, como pântanos, ou no meio de locais ocupados por nazistas - o que fez com que eles fossem alvos fáceis - e o massacre da praia de Omaha, em que nove em cada dez soldados aliados morreram.
A fidelidade histórica é o ponto forte, mas também a fragilidade do filme. Como queriam mostrar tudo, faltou foco e, nesse sentido, O resgate do soldado Ryan é melhor.
Ratatouille é um belíssimo filme sobre um ratinho que gosta de cozinhar. Só a Pixar se arriscaria a fazer um filme com uma premissa tão estranha - assim como só a Pixar se arriscaria a fazer um filme sobre um robô lixeiro, como em Wall-E. Ratatouile é melhor ainda se você gosta de cozinhar, como é o meu caso.
Incrivel como o roteirista consegue fazer um filme sobre um cozinheiro ficar tão interessante. Muita gente diz que o diferencial da Pixar é a animação. Eu discordo. Hoje muita gente consegue fazer fazer filmes com o mesmo nível de animação da Pixar. O que os diferencia é o roteiro muito bem costurado, os personagens carismáticos, a ação que se encaixa bem dentro da trama, a poesia... o resultado é um filme para crianças que os pais assistem com prazer.
Ah, para quem gosta de cozinhar, aqui tem a receita do ratatouille, o prato principal do filme.
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