Confesso, houve uma época em que eu abusava dos recursos audio-visuais. Na época era o retroprojetor. Usava em todas as aulas. Aí, um dia uma aluna me disse que sentia dor de cabeça nas minhas aulas. Isso me fez repensar minha prática: será que realmente as transparências eram tão necessárias assim?
Então, quando surgiu o data-show e, com ele, o bendito Power Point, eu já tinha uma noção de que não poderia exagerar. A regra passou a ser: só usar o Power Point quando tivesse algo para mostrar. Por exemplo, uma aula sobre estratégias de preço pode ser trabalhada apenas com o quadro, sem problemas. Já numa aula sobre propaganda, o recurso pode ser muito útil, ao mostrar exemplos, anúncios impressos, vídeos, etc...
O Power Point é apenas um dos muitos recursos que se pode usar. Além dele, há o famoso quadro e cuspe, a leitura de textos, o estudo e casos, os exercícios, etc.
Infelizmente, nem todo mundo aprendeu isso. Já vi professor brigando porque não conseguiu um data-show para dar uma aula puramente teórica, para colocar apenas os tópicos. Outros brigam pelo data-show para colocar textos corridos, em letra microscópica branca sobre fundo escuro, que fazem o pavor dos alunos.
A revista Superinteressante deste mês traz uma interessante matéria sobre o Power Point e diz aquilo que eu já sabia: o Power Point pode ser um ótimo recurso de comunicação, ou pode ser um desastre (de fato: uma apresentação de PP mal-feita provocou a queda de um ônibus espacial). A diferença está em quando e como usar o recurso.
Ah, antes que eu me esqueça, é possível baixar um arquivo de Power Point explicando como fazer um Power Point no site da Super.
2 comentários:
Tivemos um "dilema" por assim dizer ontem mesmo com um dos mestres da faculdade. A falta de didática e metodologia no método de ensino do mesmo apenas são agravados pelo conteúdo extenso que está relacionado com a matéria deste, exposta em slides com textos longos e imagens com péssima resolução, lidos por ele no decorrer de longos horários nos quais tenho realmente pensado muito na vida. Ao relatar ao mesmo que a absorção do conteúdo necessitava de sua interação com a turma para que fosse bem sucedida além de achar que eu me referia a visitar e observar o processo ele foi sarcástico ao defender-se praticamente querendo salientar q estavamos na faculdade e não no pré-escolar, não precisamos de deveres de casa para colorir, como praticamente insinuou, mas toda e qualquer informação deve entrar na mente com significados, palavras-chave, macetes para que haja como haver recordação ligada a leitura feita e não existe nem sequer diálogo acerca do assunto, apenas um "workshop" mal feito no qual ao final ele nos pergunta "entenderam?", é claro que entendemos...sabemos ler. Apesar de lhe dizer-lhe essas coisas com todo respeito e esucação, engolindo o sarcasmo de suas defesas, não pude deixar de deixar a sala quando ele praticamente me chamou de burra ao afirma que eu tinha uma "dificuldade de absorção" ou era só na sua matéria? :) Fui até a xerox comprei R$5 de apostila e li subindo as escadas. Foi quando aprendi a matéria dele. O que é realmente surpreendente quando se tem "dificuldade de absorver informações". Talvez ele pudesse enviar a apostila e passar longos dias em casa já que não faz nada mais do que ler em voz alta, coisa que dá sono por natureza. Apesar de que eu adorava quando minha mãe lia pra mim. :) Sou a favor da educação mas totalmente contra a decoreba a redundância, o re-trabalho e xerox muito caras. :D
Gostei bastante do texto e do comentário acima, e penso que é a realidade. Quando recebo algum texto aproveitável escrito dentro de um arquivo PowerPoint, o extraio, reformato e corrijo algum eventual erro de concordância, acentuação etc. Jamais entendi porque usar PPS/PPT se PDF é um formato muito mais apropriado, principalmente por ser destinado a impressão, caso o receptor deseje ter uma cópia em papel...
Não que eu seja purista, mas ainda prefiro o bom e velho "plain text". Se desejo algo em HTML, escrevo no meu blog e mando a URL. :)
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