Fomos assistir UP, a nova animação da Pixar. Hoje, o nível das animações melhorou muito. A maioria dos estúdios faz filmes muito bons. Mas só a Pixar faz obras-primas: Toy Story, Wall-E e, agora, UP.
UP, como Wall-E, é uma aula de como escrever um bom roteiro. O primeiro ato (que tem como objetivo mostrar quem são os personagens e o ambiente em que eles vivem, e que costuma ser chato) acaba sendo um dos melhores momentos do filme. A fórmula é a mesma de Wall-E: apelar para o lirismo. Assim, conhecemos um garoto apaixonado por aventuras, que conhece uma menina que compartilha da mesma paixão. E, numa bela sequência sem falas, vemos os dois crescendo, casando, envelhecendo, e sempre adiando os planos de sair em uma aventura.
Já velho, viúvo, nosso protagonista acaba embarcando nessa aventura ao fazer sua casa voar com balões coloridos.
Não é necessário esperar a trama começar, no final do primeiro ato, para perceber que estamos diante de uma obra acima da maioria das animações produzidas por Hollywood. O restante não decepciona: o filme tem lirismo, emoção e muita ação. Todos os personagens são muito bem construídos. A voz do velhinho, feita pelo Chico Anísio, ajuda ainda mais a compor o velhinho carrancudo.
2 comentários:
gostei muito da transição de tempo pelas gravatas, justamente no "primeiro ato".
A Pixar é muito boa em criar histórias que envovem. Up é um belo exemplo disso, um ótimo filme também recomendo.
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