domingo, janeiro 03, 2010

Quem era a raposa do deserto?

O general alemão Erwin Rommel era chamado de raposa do deserto por suas vitórias consecutivas no front africano.
Rommel representou uma mudança nos rumos da guerra na região. Antes dele, um terço dos soldados italianos na região já haviam sido capturados. Para ajudar os italianos, Hitler mandou para a região o general e uma divisão panzer que acabou sendo conhecido como African Korps.
Mesmo com poucos recursos, Rommel reverteu os rumos da guerra ao investir em ataques rápidos e de surpresa com blindados. Em abril de 1941, dois meses depois de chegar à África, o general já havia retomado todo o leste da Líbia, obrigando os aliados a recuarem.
Além das ótimas táticas de guerra, Rommel foi auxiliado pelo fato de que boa parte dos soldados aliados havia sido chamada de volta para a Europa.
As condições em que as tropas combatiam eram extremas. A quantidade de insetos era tão grande que tornava-se comum, durante as refeições, comer alguns. Durante o dia a temperatura chegava a incríveis 45 graus, mas durante noite baixava para abaixo de zero.
Em 1942 Rommel parecia ter cometido o seu maior erro quando se instalou num local conhecido como Caldeirão. Parecia um erro porque a região protegia pouco seus soldados, o que fez com que os aliados atacassem com poucos aviões e poucos tanques. Parece ter sido uma estratégia deliberada, pois a raposa do deserto atacou com todas as suas forças e conseguiu reduzir os tanques aliados a apenas 70.

Seu novo objetivo, então, passou a ser a cidade portuária de Tobruk, que acabou conquistada. Foram presos milhares de soldados aliados.
Foi o ponto alto de sua carreira, fazendo com que ele fosse alçado a marechal por Hitler.
Mas, apesar da vitória, seus homens estavam exaustos e ele foi obrigado a dar-lhes um descanso, o que permitiu que os britânicos trouxessem reforços e cortassem o fluxo de reforços, munição e combustíveis.
Rommel encontrava-se em uma situação difícil, pois só contava com 450 tanques, a maioria equipamentos obsoletos dos italianos. Mesmo assim o general inglês temia atacar.
A investida vitoriosa dos aliados só aconteceria em novembro de 1942, quando Rommel estava na Europa, convalescendo.
Enquanto esteve na África, a raposa do deserto não teve uma única derrota.
Erwin Rommel, a raposa do deserto, morreu por ordem de Hitler.
Após a campanha da África, Rommel foi mandado para comandar as tropas no norte da Europa, por onde certamente viria um ataque aliado. Ao contrário da maioria dos generais de Hitler, a raposa do deserto acreditava que o ataque viria não de Calais, mas da Normandia. Assim, ele fortificou toda a costa da região, defendendo-a com casamatas. Na praia ele posicionou diversos obstáculos para dificultar o desembarque dos aliados.
No dia D, Rommel não estava na Normandia, mas em casa, comemorando o aniversário da esposa. Mal soube da invasão, correu para a região, mas não chegou a tempo. Os aliados já tinham estabelecido uma forte presença na área e uma vasta superioridade aérea.
Pouco depois do dia D, o marechal é ferido por um Spitfire canadense e passa vários dias hospitalizado. Nessa época ele participou indiretamente de um complô para matar Hitler. Uma bomba explodiu na sala onde o líder nazista está com seus generais, mas ele acaba escapando e ordenou a morte de todos os envolvidos.
Rommel é, então, procurando por dois generais nazistas. Eles apresentam duas condições. Na primeira, Rommel seria enviado para Berlin, julgado e morto, sendo sua família enviada para um campo de concentração. Na segunda opção, ele deveria ingerir veneno, suicidando-se. Nessa segunda opção, a integridade de sua família ficaria garantida.
O marechal optou pela segunda alternativa e embarcou com os generais em um carro, onde, 15 minutos depois estava morto.
Seu enterro aconteceu com grandes honrarias militares. Oficialmente, a razão de sua morte havia sido os ferimentos no campo de batalha.

Clique aqui para comprar o livro.

1 comentário:

Anónimo disse...

A história desse brilhante comandante deveria ser retratada em um filme, como a do grande general Patton.