Assistimos 12 homens e uma sentença, filme dirigido por Sidney Lumet com roteiro de Reginal Rose, com Henry Fonda no papel principal. É uma das indicações do livro 1001 filmes para ver antes de morrer, por isso a curiosidade de pegá-lo na locadora. Não decepcionou. O filme é um triller psicológico, se podemos chamar assim e a força está no ótimo roteiro e nas interpretações geniais. Depois de um breve prelúdio no tribunal, o filme se passa todo em uma única locação: o local onde os jurados se reúnem para decidir a sorte do réu, um garoto de 18 anos acusado de matar o pai. Se considerado culpado, ele será condenado à pena de morte. A decisão deve ser unânime, mas numa primeira votação, 11 pessoas votam culpado e 1 vota inocente. Caberá a esse, o jurado número 8 mostrar aos outros que as provas, aparentemente tão claras, de que o garoto é um assassino, não são tão claras assim e permitem a dúvida. Um a um os outros jurados começam a pender pela inocência à medida em que os fatos são analisados.
Genial do primeiro ao último take, o roteiro se desenvolve através da análise de pequenos detalhes, como o tempo que um velho leva para andar de sua cama até a porta e através da caracterização dos personagens. Os ganchos psicológicos são cuidadosos. O jurado número 3, logo no início, ao falar do filho, revela mágoa, o que se revelará posteriormente importante, ao ficar claro que ele considera o réu culpado da mesmo forma que culpa o filho pelos dois terem rompido relações.
4 comentários:
Teste.
Opa! Só uma coisa, Gian! Os jurados não vão sendo convencidos da inocência do garoto, nem o nº8 está convencido disso. Eles vão demovidos da certeza de culpa. E, se há alguma dúvida, se algo lhes impede de ter certeza da culpa, então é melhor, na pior das hipóteses, cometer o erro menos danoso e que posteriormente possa ser corrigido, ou seja, deixar vivo um culpado. Pra mim, essa é a beleza do filme: o personagem do Henry Fonda não acha, e não quer convencer ninguém de que o rapaz é inocente. Mas também não se sente à vontade para lhe afirmar a culpa...
Grande filme esse. As justificativas dadas para alguns jurados para dar logo a sentença e voltarem a suas atividades cotidianas chegaram a me irritar. Não dá pra contar muito, pois é daqueles roteiros que não podem ter o final revelado...
Teve um remake em que o George C Scott detona
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