quinta-feira, abril 08, 2010

Os serial killers do trânsito

Segundo o jornal A Gazeta, na última terça-feira, o lavador de carros Ivan Brandão da Silva atropelou e matou um rapaz no bairro do Congós. Ao invés de parar o carro, ele continuou viagem e atropelou mais duas pessoas perto da caixa d´água do Buritizal.
O crime chama atenção por dois fatores:
1) o motorista parecia estar jogando um video-game em que se ganha pontos atropelando pedestres;
2) embora esteja preso, ele será solto em breve e dificilmente voltará a ser preso.
Se tivesse matado uma pessoa com um revólver, certamente seria condenado, como o fez com um carro, sairá dessa tranquilamente.
O juiz Marconi Pimenta, através do Twitter, me informou que dia desses um homem foi preso por matar uma pessoa no trânsito. Solto, voltou a matar.
Certa vez relatei aqui o caso de um um motorista de caminhão que, depois de uma briga de trânsito, perseguiu um carro com uma ex-aluna. Eu estava logo atrás e vi, atônito, quando ele bateu no carro e arrastou-o por mais de duas quadras. Detalhe: era o caminhão que faz serviço para o Detran, rebocando carros apreendidos. Apesar da tentativa de homicídio doloso, ele não respondeu inquérito e continua dirigindo.
Um ex-aluno teve seu carro atingido por outro que avançava a preferencial. Ficou provado que o motorista estava participando de um racha e estava bêbado. Mesmo assim não respondeu a nenhum inquérito, nada. Aliás, não se machucou também, enquanto meu aluno ficou paralítico.
Ou seja: se a as coisas não mudarem, a tendência é que os acidentes de trânsito só aumentem. Todo mundo que quiser matar outra pessoa irá provocar um acidente, pois sabe que "não pega nada".

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