segunda-feira, julho 19, 2010

Almanaque Meteoro 2


O selo editorial Guedes Manifesto acaba de lançar a segunda edição do Almanaque Meteoro, dando continuidade às aventuras do super-herói Meteoro, criação do roteirista e editor Roberto Guedes, com desenhos de Aluísio de Souza e Júlio Cesar Zvir.
 A empolgante saga de Roger Mandari continua. Chegou o momento de o Mascarado Voador encarar seu primeiro supervilão: Chino, O Executor. De quebra, a primeira aparição do Encapuzado, o chefão do submundo (o cara que tentou matar o pai do herói no primeiro número). E ainda ficamos com a pergunta que não quer calar “Qual é a de Laura Lopez?” – aquela gata do Colégio Central.
Mas as estreias não param por aí. Zan-Garr, um príncipe cigano que percorreu as terras da Ásia e da Europa em meados do primeiro século da Era Cristã, surge para defender um homem inocente da fúria e crueldade dos soldados romanos. Arte do jovem prodígio Fábio Cerqueira (guarde este nome, pois ele ainda será muito reverenciado no fandom).
O Patrulheiro Audacioso é outra série criada por Guedes que pinta em ritmo acelerado, protagonizada por um sujeito que parece fazer mágica com sua moto, combatendo toda e qualquer espécie de marginais pelas estradas do interior do país. Lápis do sensacional Aluísio de Souza (o mesmo desenhista de Meteoro) e arte-final do competentíssimo André Valle – que, por sua vez, também é o roteirista do conto de horror “O Último Vampiro”, desenhado pelo professor de Arte Leopoldo Alves.
Mas o Almanaque Meteoro 2 não tem só Quadrinhos. O especialista em Disney Cesar Brito, o trekker Sandro José dos Santos e Gérson “Homem-Mofo” Fasano trazem curiosidades interessantíssimas sobre os gibis Pato Donald, Jornada Nas Estrelas e Dico, O Artilheiro; enquanto que o cartunista Bira Dantas vem com uma divertida pin-up colorida.
Por fim, uma reportagem especial de nada menos do que 13 páginas assinada por Guedes, mapeia a trajetória das Histórias em Quadrinhos no Brasil, desde Angelo Agostini, passando pela fase dos Suplementos, do nascimento de editoras como EBAL, Abril e RGE e dos gibis da Edrel, Vecchi e Grafipar, até chegar aos dias atuais.
A belíssima arte da capa é uma produção do Mestre da HQB Sebastião Seabra, com cores de Zé Borba. Assim como ocorreu com a primeira edição, Almanaque Meteoro 2 possui uma tiragem limitada. Para adquirir seu exemplar, basta entrar em contato com Roberto Guedes por intermédio de seu blog (http://guedes-manifesto.blogspot.com/) ou diretamente pelo e-mail guedesbook@gmail.com. O preço é o mesmo para qualquer parte do Brasil, com frete já incluso.

Almanaque Meteoro 2
Guedes Manifesto Produções Editorais
Editor: Roberto Guedes
Formato italiano – 16 x 23 cm
52 páginas
Capa colorida, papel cartão supremo 250g (Arte: Seabra – Cores: Zé Borba)
Miolo P/B, papel offset 90g
R$ 5,00

2 comentários:

Lucio B. disse...

Há muito tempo sou fã do editor e pesquisador Roberto Guedes, e por isso, foi com entusiasmo redobrado que adquiri os dois exemplares de uma tacada só do Almanaque Meteoro, para conhecer finalmente o tão falado personagem. E fiquei estarrecido! Não por sua facilidade na escrita, que o autor domina com maestria impressionante, mas sim, com as mensagens de apelo ocultistas nas hqs, de fazer o Alan Moore corar de vergonha. Fiquei bem incomodado, pra não dizer assustado. Aonde ele quer chegar? Seu símbolo peitoral, pra começar não é um meteorito, mas sim um endecagrama, estrela de 11 pontas, um dos simbolismos mais obscuros da magia milenar, que representa a ascenção e maestria (do protagonista?) sobre a raça humana. Não é por acaso que ele passa a história toda se intitulando "o cara". Seus poderes são dados por um ex-membro de uma sociedade secreta chamada "Sinarquia Universal", que recita "Simpathy for the Devil" dos Rolling Stones, a passagem do livro de Jó com o diálogo entre Lúcifer e Deus "rodeamos e passeamos pela Terra há muito tempo!".

A tal Sinarquia (palavra pouco conhecida de leigos) liberou, por sua vez, um Anticristo no mundo, um tal "Grande Maligno". Ocorre uma explosão no espaço sideral, aparentemente um meteorito, e uma onomatopéia peculiar toma conta do quadro: "SHEKINAH", palavra hebraica que significa "Presença Radiante de Deus". Não se trata em absoluto de mera coincidência, pois Guedes é inteligente, e não colocaria onomatopéia no referido quadro à toa, já que no espaço não se propaga o som.

O autor esconde o jogo por trás de um enredo juvenil, com vilões mangás, e coadjuvantes saídos do seriado Malhação, mas o próprio título da hq de origem entrega o ouro: "aquele que está nos ares", aquele QUEM? O diabo?

Baldaque disse...

Tenho todas as versões do Meteoro, e com certeza a nova, publicada no ALMANAQUE METEORO se trata da melhor. A original de 92, publicada na revista Meteoro Comics é legal,mas não chega aos pés da nova versão! O texto do Guedes tá ágil, moderno e muito inteligente; repleto de referências pop e mensagens "subliminares". O fantasma encapotado que o intercepta na rua parafraseia Mick Jagger e até o livro de Jó, conforme disse o colega aí de cima, quando diz que ele vem de "rodear e passear pela Terra" há muito tempo, o que me faz concluir que não é ele quem dá os poderes pra Roger Mandari, e sim o próprio Deus - haja vista que a palavra "Shekinah" que aparece no espaço como se fosse uma onomatopéia do estripitar do meteoro e que atinge Roger siginifica "a presença de Deus", assim, se o encapotado cita o diabo (no livro de Jó), não pode ter sido ele a dar o poder pro mocinho. Que coisa genial! Ele, o Guedes deixa um gancho na própria origem do herói para futura conferência. Mal posso esperar pela sequencia dos acontecimentos.