Assistimos Pacto Sinistro, filme noir tardio de Alfred Hitchock com roteiro de Raymond Chandler, o mestre da literatura noir. Na história, um tenista, Guy Haines , conhece num trem um rapaz, Bruno Anthony, que lhe fala de sua teoria a respeito dos crimes trocados. Bruno gostaria de matar o pai e supõe que Haines gostar que sua esposa fosse morta, já que ela lhe traiu e se recusa a dar o divórcio. Para Bruno, se um cometesse o crime do outro, jamais seriam descobertos. Haines toma a proposta como uma piada, e se espanta ao descobrir que a esposa foi morta. Começa um jogo de gato e rato de Bruno tentando convencer o tenista a matar seu pai. Ao mesmo tempo, Haines tenta impedir que o Bruno o incrimine pela morte da esposa.
O filme é um ótimo exemplo do que Hitchock faz melhor: suspense, em especial com o uso genial das narrativas paralelas. A corda fica tensa durante toda a última metade do filme, com a história saltando de Haines para Bruno a cada minuto. Até mesmo quando os dois se encontram, o diretor consegue criar uma terceira linha narrativa, aumentando ainda mais o suspense.
Além do uso criativo das narrativas paralelas como elemento de suspense, o filme também se destaca pela ótima direção de atores. Um único olhar do personagem é capaz de transmitir todo o significado de uma cena.
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