Preocupante o processo de impeachment do presidente do Paraguai Fernando Lugo. O processo foi feito em tempo recorde, o presidente teve apenas um dia para se defender e os acusadores não precisaram apresentar provas. A principal acusação é de que o presidente seria pessoalmente responsável pela morte de 17 pessoas, entre camponeses e policiais, em um conflito agrário. Seria como responsabilizar o presidente do Brasil pelo massacre em Eldorado dos Carajás ou o governador de São Paulo pelo massacre no Carandiru. Além disso, há relatos de que os tiros partiram não dos policiais ou dos camponeses, mas de franco-atiradores.
O caso é preocupante porque a onda de impeachments sem provas e em tempo recorde pode se alastrar por toda a América Latina, como os golpes militares na década de 1970. Ou seja: é a democracia em todo um continente que está em jogo.
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