Em Grafipar - A editora que saiu do eixo (formato 16 x 23 cm, 168 páginas, R$ 39,90), o autor Gian Danton volta ao ano de 1977, quando o Brasil vivia os últimos dias do regime ditatorial. O assunto sexo era um tabu total. Nas bancas, revistas como Status, Homem, Ele & Ela e Fiesta exibiam tímidas pinups censuradas, com, no máximo, um seio à mostra.
Surgiu, então, uma editora especializada em erotismo, a Grafipar, que logo se destacou com seus quadrinhos nacionais, sempre misturando erotismo com gêneros como terror, ficção científica, folclore e policial.
Em pouco tempo, a editora transformou Curitiba em um ponto de referência para os quadrinhos nacionais, para onde convergiram importantes desenhistas e roteiristas, como Mozart Couto, Rodval Mathias, Watson Portela, Gustavo Machado, Vilachã, Sebastião Seabra, Fernando Bonini, Itamar Gonçalves, Franco de Rosa, dentre outros.
O livro, resultado de mais de 20 anos de pesquisas, conta a história dessa editora e de seu líder, o descendente de japoneses e ativista cultural da colônia nipônica, Cláudio Seto, também introdutor da linguagem do mangá no Brasil.
A obra analisa as revistas da Grafipar, suas histórias e, ainda, trata dos bastidores da "vila de quadrinhistas" que existiu em Curitiba no início dos anos 1980.
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