Yellow Kid,
de Richard Outcault, que foi publicado, pela primeira vez, em 1894, no jornal
“New York World”. Nome do prêmio mais ambicionado da área de quadrinhos,
“Yellow Kid’ na verdade, não é a primeira HQ do mundo. Aqui mesmo no Brasil, já
existiam os trabalhos de Henrique Fleiuss (1861) e Angelo Agostini (1869).
Entretanto, a obra de Richard Outcault foi a primeira a ter uma repercussão
mundial e a firmar as histórias em quadrinhos como um meio de comunicação de
massa.
“Yellow Kid” era publicada numa página
dominical em cor amarela. Aliás, o amarelo surgiu na história por uma simples
necessidade gráfica: para testar a reprodução dessa cor no jornal. O sucesso
alcançado pelo personagem foi, certamente, além das expectativas. Milhares de
leitores começaram a comprar os jornais, aos domingos, só por causa daquele
garotinho simpático, que passava suas mensagens em inglês infantil, escrito
num camisolão. Ainda não existia o balão.
Há algumas controvérsias quanto
ao surgimento do balão. Alguns autores dizem que ele surgiria no próprio Yellow
Kid, outros afirmam que ele só foi surgir dois anos mais tarde, com “Os
sobrinhos do capitão’ de Rudolf Dircks. O sucesso desses dois capetinhas pode
ser avaliado pelo fato de que, até a década de 70, eles tinham sua própria
revista no Brasil - um verdadeiro prodígio para garotinhos de 90 anos!
Entretanto, independente de terem sido os Sobrinhos do Capitão ou Yellow Kid a
usar o balão, o fato é que já na Idade Média se usava balões em tapeçarias.
O sucesso das HQs, no final do século XIX, fez com que os editores
corressem atrás de artistas para produzirem páginas dominicais. Foi nessa
onda que surgiu uma das mas lindas histórias de todos os tempos: “Pequeno Nemo
no pais dos sonhos” Winson MacCay.
McCay era um fascinado pelas
histórias oníricas. Antes de criar o pequeno Nemo, já havia feito vários
personagens sonhadores, entre eles uma série que focalizava os pesadelos
provocados pelo excesso de comida. Mas “Pequeno Nemo” acabou. sendo a sua
grande obra — nela ele juntou uma paisagem maravilhosamente estilizada com uma
antevisão do surrealismo.
As histórias do garoto Nemo começavam e
terminavam em uma página. Numa delas as pernas da cama ganham vida e começam a
andar pela cidade — para desespero de Nemo, que acaba caindo. O último
quadrinho mostra o garoto caído no chão do seu quarto. Como sempre, era só um
sonho.
A história começava com o garotinho
dormindo e acabava com ele acordando, sem que houvesse uma divisória muito
nítida entre a realidade e o sonho. “Pequeno Nemo” foi a primeira história em
quadrinhos a ser exposta no Museu de Arte de Nova York.
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