sábado, fevereiro 09, 2013

O melhor diálogo da história do cinema

Billy Wilder era um mestre do diálogo e nenhum escrito por ele e por I. A. L. Diamond, seu grande parceiro, é tão bom quanto o final de Quanto mais quente, melhor. Jack Lemmon, disfarçado de mulher, tenta convencer o milionário Osgood que não pode se casar com ele.

Daphne: É, Osgood. Não posso me casar no vestido da sua mãe. Ha ha. É que – eu e ela, nós não temos o mesmo tamanho.
Osgood: Nós podemos alterá-lo.
Daphne: Oh não faça isso! Osgood, Eu vou falar de uma vez. Não podemos nos casar de forma alguma.
Osgood: Por que não?
Daphne: Bem, em primeiro lugar, eu não sou loira de verdade.
Osgood: Não importa.
Daphne: Eu fumo! Eu fumo o tempo todo!
Osgood: Eu não ligo.
Daphne: Bem, eu tenho um péssimo passado. Fazem três anos que eu moro com um saxofonista.
Osgood: Eu te perdôo.
Daphne: Nunca poderemos ter filhos!
Osgood: Podemos adotar alguns.
Daphne/Jerry: Mas você não entende, Osgood! Eu sou um homem!
Osgood: Bem, ninguém é perfeito!

1 comentário:

Hiperespaço disse...

Esse diálogo é mesmo muito bom, tanto que tem sido usado por roteiristas de toda parte para dar alguma dignidade a programas de qualidade duvidosa. Como foi o caso de um episódio da extinta sitcon global "Sai de baixo", com a transformista Rogéria fazendo as falas de Daphne e Tom Cavalcante as de Osgood. É claro que, neste caso, não teve graça nenhuma.
Mas ainda gosto muito mais do diálogo de Alice no Pais da Maravilhas (da Disney), quando Alice participa do chá com a Lebre e o Chapeleiro, principalmente quando chega o Coelho Branco. Uma obra prima do nonsense, mas que infelizmente perde muito da graça quando traduzido.
Nunca esquecerei do diálogo, também muito copiado, entre Aboot e Costello no qual eles fazem uma confusão quando um deles recebe a ligação de um cara chamado Who. É sensacional.
Mas um dos melhores autores de diálogos do cinema foi Groucho Marx, que tem muitas citações memoráveis, no nivel de verdadeiras lendas urbanas.