Todo mundo tem direito de expressar sua opinião, mas essas declarações não caem bem para alguém que é presidente de uma comissão de direitos humanos.
Exageros à parte por parte de alguns grupos, em especial da causa gay, o episódio serviu para chamar a atenção para as comissões da câmara e para quem as está ocupado.
Descobriu-se, por exemplo, que Marco Feliciano tem usado seu mandato para beneficiar sua igreja (empregando vários pastores) e empresas e que está sendo processado por estelionato. Um vídeo em que ele pega mil reais de um tetraplégico ganhou visibilidade na rede. Em um outro, ele reclama que um fiel colocou o cartão da conta corrente como oferta, mas não deu a senha.
O caso levou a imprensa a voltar os olhos para as outras comissões.
Um exemplo: o deputado João Magalhães (PMDB-MG), que responde a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal — por peculato, tráfico de influência e crime contra o sistema financeiro — e tem os bens bloqueados, foi eleito presidente da Comissão de Finanças e Tributação.
Outro exemplo: o presidente da comissão de meio ambiente do Senado é Blairo Maggi, um ruralista considerado pelos ecologistas como um dos maiores devastadores das florestas brasileiras. Segundo ele, floresta é um negócio que não tem futuro.
A lógica parece ser colocar o lobo para cuidar das ovelhas.
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