Estou um pouco sumido daqui do blog e uma das razões são as muitas programações na Feira do Livro do Amapá. A cidade está respirando literatura e sou convidado de muitos eventos dentro da feira. Ontem por exemplo, participei de uma mesa sobre Livros Virtuais. Amanhã volto a falar sobre o assunto em uma palestra em conjunto com o Rômulo Barbosa, diretor financeiro da Navras, editora que cuida dos meus livros virtuais. A palestra ocorre às 11 horas, no auditório da Escola de Administração Pública (atrás da Praça do Coco). Quem estiver interessado no assunto, anote na agenda. Enquanto isso, deixo vocês com algumas fotos da mesa redonda.
quinta-feira, outubro 31, 2013
terça-feira, outubro 29, 2013
Programação FLAP
Pensei em colocar a programação da Feira do Livro do Amapá aqui no Ideias, mas é tanta coisa que eu não daria conta. Assim, fica a dica: Entrem no blog da FLAP e acompanhem tudo que vai acontecer.
domingo, outubro 27, 2013
Pra onde foi Jaqen H´ghar?
Paulo Zab é meu aluno no curso de Jornalimo da Unifap. Influenciado por nossas conversas, ele acabou comprando o box das Crônica de Gelo e Fogo e se tornou um aficcionado pela série, o tipo de pessoa que lê tudo com atenção, pescando todas as referências do texto e formulando teorias sobre o desenvolvimento da trama.
Neste ele escreve sobre sobre um dos personagens mais misteriosos da série:
Jaqen diz ser de
Lorath. Sua aparição remete ao final do primeiro livro, quando Yoren, um irmão
da Patrulha da Noite que andava pelos Sete Reinos recrutando gente para vestir
o negro, retirou alguns criminosos das masmorras de Porto Real para levar para
a Muralha. Ele estava nas selas negras, que não são feitas para criminosos
comuns. Seus companheiros de sela, Rorge e Dentadas demonstraram ser verdadeiros
merecedores de tais instalações, mas os motivos que levaram Jaquen a estar lá
ainda são desconhecidos.
“- Um homem não
escolhe os companheiros nas celas negras - disse o bonito, com o cabelo
vermelho e branco. Qualquer coisa no jeito como falava lembrou-lhe Syrio; era o
mesmo, mas ao mesmo tempo diferente. - Estes dois não têm educação. Um homem
tem de pedir perdão. (A Fúria dos Reis)”
Ele é um
personagem muito interessante e intrigante. Gosto muito quando ele fala coisas
como “Um homem sabe. Um homem vê”. Sua forma de se expressar como “Rapaz,
querido rapaz, amável rapaz”, quando deveria estar desesperado com o incêndio
que iria torra-lo na carroça era interessante. Vejo Jaqen como um tipo de gênio
da lâmpada e com certeza gostaria de saber o que ele anda fazendo e pra onde
ele foi. Será que Martyn já trouxe o personagem secretamente à história, assim
como fez com Arstan Barba-Branca, que se revelou ser nada mais nada menos do
que Sor Barristan Selmy, o Ousado?
As informações
que coletei, juntamente com algumas pistas, me dão duas possibilidades, mas
antes vamos ver as informações relevantes:
“Era o mais novo
dos três, esguio, com traços delicados, sempre a sorrir. Tinha o cabelo
vermelho de um lado e branco do outro, todo embaraçado e sujo da cadeia e da
viagem. (A Fúria dos Reis).”
Jaqen não era um
criminoso aparente. Ele tinha maneiras e era bem apessoado. Uma coisa que chama
a atenção é a dualidade das cores de seus cabelos. Se fosse das cores preto e
branco ao invés de vermelho e branco poderíamos fazer uma afirmação mais
categórica com a aparência dos servos do deus de muitas faces de Bravos, mas a
cor vermelha pode fazer uma referência mais direcionada a ser um servo do deus
vermelho.
“- O Deus
Vermelho tem as suas obrigações, querida menina, e só a morte pode pagar pela vida.
Esta menina roubou três que eram dele. Esta menina deve dar três para o lugar
das que roubou. Diga os nomes, e um homem fará o resto. (A Fúria dos Reis)”.
No templo do
deus de muitas faces existem deuses de todos os tipos. Tudo porque a cidade de
Bravos tem as condições históricas para tal situação. É uma cidade cheia de vielas
e de templos. Por isso, nada impede de seus servos também fazer referências a
Hollor e aos Sete. Mas vem a pergunta, poderíamos afirmar que Hollor é o deus
vermelho? Ou estaríamos confundindo o termo por causa de seus Sacerdotes
Vermelhos? Se for assim Jaqen é um tipo que é um sacerdote vermelho, além de
conhecer outros deuses.
“Qualquer coisa
no jeito como falava lembrou-lhe Syrio; era o mesmo, mas ao mesmo tempo
diferente (A Fúria dos Reis)”.
Já neste trecho do
livro o autor faz referência a Syrio Forel, que era um homem de Bravos. Acho
que aqui podemos ter boas pistas de quem é ou pra onde foi Jaqen. Faria sentido
afirmar que Syrio, após a luta com Sor Meryn Trant, acabara sendo capturado ou
deixado capturar e assim enviado para as selas negras. Lá ele pode ter mudado
seu rosto para o de Jaqen. A missão da “pernonalidade Syrio”, que seria a de
dar o treinamento inicial à Arya havia acabado e por isso o mesmo teve de
morrer. Syrio sabia que se tivesse acontecido algo ao seu pai ela ficaria
sozinha e sem proteção.
Outro fato
importante foi o de Jaqen, apesar de ser dito que era de Lorath, acabou dando
como referência a Arya uma moeda de Bravos, afirmando que “Se chegar o dia em
que quiser voltar a me encontrar, dê essa moeda a qualquer homem de Bravos e
diga-lhe as seguintes palavras... Valar Morghulis. (A Fúria de Reis)”.
Essa foi uma das ultimas palavras que ele deu à Arya, mas chegando até
Bravos o lugar onde Arya foi parar demonstrou ser onde ela realmente poderia
aprender a utilizar os poderes que tanto lhe chamou a sua atenção: O de mudar
de rosto e o de matar, mas o próprio sacerdote da casa não conhecia o nome
Jaqen. Talvez por ser apenas mais um nome que havia adotado ou por ele
realmente não ter conhecido o sacerdote, o que acho bem difícil, pelo fato de
haver poucos.
Achei também que Jaqen poderia ter sido o primeiro homem sem rosto, mas
antes de Arya lhe aplicar uma peça pelo fato de ter seu ultimo pedido, ela
pergunta se mataria qualquer pessoa e em um dos momentos ele diz o seguinte “O antepassado de
um homem está morto há muito tempo, mas se vivesse, e se dissesse o seu nome,
morreria às suas ordens.”. Achei aqui que esse antepassado poderia ter sido o
primeiro homem sem rosto. Um antigo escravo de Valíria e não os pais de Jaqen
(considerando que ele seja um homem de meia idade e não uma criatura antiga).
Talvez Jaqen não tivesse realmente a intenção de ficar em Bravos e sim
somente ensinar Arya, que tinha ficado estupefata depois da transformação:
A boca de Arya escancarou-se:
- Quem é você?
- sussurrou, estupefata demais para sentir medo. - Como fez isso? E difícil?
Ele sorriu, revelando um cintilante dente de ouro:
- Não é mais difícil do que adotar um novo nome, se
se souber como.
- Mostre-me - ela exclamou. - Também quero fazer
isso.
- Se quiser aprender, tem de vir comigo.
Arya ficou hesitante.
- Para onde?
- Para longe, para lá do mar estreito.
- Não posso. Tenho que ir para casa. Para
Winterfell.
- Então temos de nos separar, pois também tenho
deveres a cumprir - ele levantou sua mão e pôs uma pequena moeda em sua palma.
- Tome.
- O que é isto?
- Uma moeda de grande valor.
Arya mordeu-a. Era tão dura que só podia ser de
ferro.
- Vale o suficiente para comprar um cavalo?
- Não se destina à compra de cavalos.
Jaqen disse que tinha uma missão, mas também poderia mostrar o caminho
no templo em Bravos, mas isso não quer dizer que ele ficaria lá ou muito menos
que sua missão era além do Mar Estreito.
Ele foi para a Vilavelha
Aqui fiquei
passado com a descrição do Prólogo do Festim dos Corvos e com o tal alquimista
que envenena Pate, que é um personagem fracassado e de baixo nascimento da
Cidadela. É chamado de filho de criador de porcos. A referência bate com a
descrição da nova face de Jaqen.
“- Morrer? -
ela perguntou, confusa. O que ele queria dizer? - Mas eu desdisse o nome. Agora
não precisa morrer.
- Preciso. Meu
tempo chegou ao fim - Jaqen passou uma mão sobre o rosto, da testa ao queixo, e
por onde a mão passou ele mudou. As maçãs do rosto tornaram-se mais cheias,
os olhos mais apertados; o nariz entortou-se, uma cicatriz surgiu na Bochecha
direita onde não havia nenhuma antes. E quando sacudiu a cabeça, seu longo
cabelo liso, meio vermelho e meio branco, dissolveu-se para revelar um gorro de
apertados caracóis negros. (A Fúria de Reis)”
Com um
personagem que muda de rosto o tempo todo, podemos afirmar que o mesmo pode ser
qualquer um, mas se procurarmos uma referencia ou pista nada melhor do que um
personagem que tenha uma cicatriz na bochecha direita e um cabelo preto
encaracolado. Muitas pessoas não tinham se tocado ainda, mas ele pode estar na
Cidadela. Ele é o alquimista que matou Pate:
“Pate tirou a moeda da mão do outro. O
ouro parecia‐lhe morno contra a pele da mão. Levou‐o
a boca e trincou‐o, como vira os homens fazer. Em boa
verdade, não tinha a certeza de qual era suposto ser o sabor do ouro, mas não
queria parecer um tolo.
— A chave? — inquiriu educadamente o
alquimista.
Algo levou Pate a hesitar.
— É algum livro que quereis? — Dizia‐se
que alguns dos velhos pergaminhos valirianos trancados nas caves eram as únicas
cópias que sobreviviam no mundo. Era apenas um homem, e o seu rosto era
apenas um rosto. Um rosto de jovem, comum, com faces cheias e a sombra de uma
barba. Uma ténue cicatriz entrevia‐se na bochecha direita. Tinha um nariz
adunco, e uma densa cabeleira preta que
se encaracolava, bem apertada, em volta das orelhas. Não era um rosto que
Pate reconhecesse. (O Festim dos Corvos)”.
Um individuo que
Pate não conhecia, mas também com uma cabeleira encaracolada “bem apertada” negra
e uma cicatriz do lado direito do rosto. Estava querendo a chave de uma sala,
onde só os arquimeistres da cidadela tinham acesso e ainda por cima de um lugar
cheio de pergaminhos valirianos. No final do livro, ele está na sala do
arquimeistre Marwin:
“Sam fitou a
estranha chama pálida por um momento, após o que pestanejou e afastou o olhar. Do
lado de lá da janela estava a escurecer.
— Há uma cela
vazia por baixo da minha na torre ocidental, com uma escada que leva
diretamente aos
aposentos de Walgrave — disse o jovem de cara macilenta. — Se não te importares
com o barulho dos corvos, tem uma boa vista sobre o Vinhomel. Serve?
— Suponho que
sim. — Em algum sítio tinha de dormir.
Eu levo‐te
algumas mantas de lã. Paredes de pedra ficam frias durante a noite, até mesmo
aqui.
— Obrigado. —
Havia algo no pálido e suave jovem que lhe desagradava, mas não queria parecer
descortês, de modo que acrescentou. — O meu nome não é mesmo Matador. Sou Sam.
Samwell Tarly.
— Eu chamo‐me Pate — disse o outro
— como o criador de porcos.”.
Vejo que Jaqen, na
continuidade de sua “missão”, acabou indo parar na Cidadela onde encontrou não
só Marwyn, mas também informações importantes a respeito de valíria e de suas
antigas magias. Podemos considerar também o fato da vela feita de obsidiana,
que provavelmente deve ter outras correspondente em todo mundo, e que poderia
ter sido usada para se comunicar com Jaqen ou algum membro de sua ordem. Marwyn
é um tipo de Mago, que é conhecido por dialogar com as mais variadas figuras e
que com certeza se interessaria pelas habilidades de Jaqen. Podemos também
considerar a possibilidade de Marwyn ser o mesmo Moqorro, que é um sacerdote
vermelho que no momento está servindo Victarion, mas que deve estar usando o
pirata apenas como um recurso para chegar até Daenerys.
Daario Naharis
“Ele sorriu,
revelando um cintilante dente de ouro:” (A Fúria de Reis)
Jaqen também pode ter
ido se encontrar com Daenerys para além do Mar Estreito, como havia dito para Arya.
No momento de sua transformação quando Arya se oferece para aprender suas
habilidades. Ele afirma que a ensinaria, se o acompanhasse, mas Arya ainda acha
que pode voltar a Winterfell. A suspeita de Jaqen ter se transformado em Daario
perpassa também pela série de TV, onde o mercenário participa de um sorteio
entre os capitães dos Corvos Tormentosos. Uma moeda de Bravos é utilizada para
o sorteio. Ao retirar a moeda ele sorri e diz “Valar Morghulis”. Fora isso, a
única referência direta na aparência são os dentes de Ouro:
“Daario Naharis era
extravagante até mesmo para um tyroshi. Sua barba era cortada na forma de uma
forquilha de três dentes e pintada de azul, da mesma cor dos olhos e dos
cabelos encaracolados que caíam sobre seu colarinho. Os bigodes pontiagudos
estavam pintados de dourado. A roupa era toda em tons de amarelo; uma nuvem de
renda de Myr da cor da manteiga jorrava do colarinho e das mangas, o gibão era
decorado com medalhões de latão com a forma de dentes-de-leão, arabescos
ornamentais em ouro subiam até suas coxas pelo cano das botas altas de couro.
Luvas de suave camurça amarela estavam enfiadas num cinto de anéis dourados, e
tinha as unhas pintadas de azul.”
Aqui nesta parte
já se pode ver que o cabelo não é negro, mas todos sabem que em Tyrosh os
homens pintam o cabelo. Como disse Sor Jorah, “Até na barba tem cores falsas”.
A referência do dente de ouro aparece mais adiante:
“Khaleesi -
gritou [Daario]-, trago presentes e alegres novas. Os Corvos Tormentosos são
seus. - Um dente de ouro cintilou em sua boca, quando sorriu. - E Daario
Naharis também!”.
Após ter estado
em Westeros e visualizar muitos terrores das guerras, o Homem Sem Rosto acabou
vendo que seu objetivo não estava no continente e acabou retomando seu rastro
entrando para a companhia de mercenário e chegando até sua liderança.
A exemplo das
habilidades de Jaqen, Daario também tem uma grande facilidade em matar, sendo
que ainda não foi visto como ele luta. De qualquer forma, não é qualquer pessoa
que chamaria tanto a atenção da mãe de dragões. E ele mata todos as pessoas que
Daenerys manda matar.
Paulo Zab
quinta-feira, outubro 24, 2013
Procure saber: os novos donos da história
As biografias se tornaram um dos temas mais discutidos das últimas semanas. O debate foi motivado pela ação de inconstitucionalidade movida pela Associação Nacional de Editores de Livros (Anel) no Supremo Tribunal Federal contra a decisão da Justiça que censurou a publicação de uma biografia do cantor e compositor Roberto Carlos.
Roberto Carlos chegou a pedir a prisão do autor de sua biografia por roubo, alegando que sua história é um patrimônio pessoal e que o biógrafo havia se apossado desse patrimônio. Em seu processo, ele usou o artigo 20 do Código Civil, segundo o qual o uso da imagem de uma pessoa pode ser proibida ou gerar a "indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais". Já o artigo 21, também usado pelos advogados do cantor, dispõe que "a vida privada da pessoa natural é inviolável".
Segundo a Anel, essa interpretação fere o direito constitucional à livre expressão.
O debate teria ficado apenas no campo jurídico se vários artistas, entre eles Caetano Veloso, Giberto Gil, Djavan e Chico Buarque não tivessem embarcado na campanha contra as biografias não-autorizadas. O grupo, chamado de Procure Saber, é capitaneado pela ex-Caetano Paula Lavigne, que saiu metralhando. Segundo ela, escritores e editores ganhavam fortunas com biografias sem repartir os lucros com os biografados. Para os artistas, os biógrafos deveriam não só pedir autorização, como também pagar aos biografados ou a seus parentes. Leia mais no Digestivo Cultural
Roberto Carlos chegou a pedir a prisão do autor de sua biografia por roubo, alegando que sua história é um patrimônio pessoal e que o biógrafo havia se apossado desse patrimônio. Em seu processo, ele usou o artigo 20 do Código Civil, segundo o qual o uso da imagem de uma pessoa pode ser proibida ou gerar a "indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais". Já o artigo 21, também usado pelos advogados do cantor, dispõe que "a vida privada da pessoa natural é inviolável".
Segundo a Anel, essa interpretação fere o direito constitucional à livre expressão.
O debate teria ficado apenas no campo jurídico se vários artistas, entre eles Caetano Veloso, Giberto Gil, Djavan e Chico Buarque não tivessem embarcado na campanha contra as biografias não-autorizadas. O grupo, chamado de Procure Saber, é capitaneado pela ex-Caetano Paula Lavigne, que saiu metralhando. Segundo ela, escritores e editores ganhavam fortunas com biografias sem repartir os lucros com os biografados. Para os artistas, os biógrafos deveriam não só pedir autorização, como também pagar aos biografados ou a seus parentes. Leia mais no Digestivo Cultural
terça-feira, outubro 22, 2013
Neil Gaiman: o poder e o prazer da leitura
"Uma vez eu estava em Nova York e assisti uma palestra sobre o negócio
de construir penitenciárias - uma indústria que cresce muito na América.
Eles precisam planejar seu crescimento futuro - quantas celas vão
precisar? Quantos prisioneiros vão estar na cadeia, digamos, daqui a 15
anos? E eles descobriram que conseguem prever isso muito facilmente,
usando um algoritmo muito simples, baseado na porcentagem de crianças de
10 a 11 anos que não conseguem ler."
"Os Chineses promoveram sua primeira convenção de fantasia e ficção científica em 2007, eu estava lá. Perguntei, porque agora? Responderam: nós Chineses somos brilhantes para copiar os outros, mas somos fracos em inovação. Não inventamos nada, não imaginamos coisas novas. Então o governo mandou uma delegação aos EUA, para visitar a Apple, a Microsoft, o Google, e conhecer como eram as pessoas que estavam lá inventando o futuro. E todos eles tinham lido ficção científica, quando eram meninos ou meninas." Leia mais
"Os Chineses promoveram sua primeira convenção de fantasia e ficção científica em 2007, eu estava lá. Perguntei, porque agora? Responderam: nós Chineses somos brilhantes para copiar os outros, mas somos fracos em inovação. Não inventamos nada, não imaginamos coisas novas. Então o governo mandou uma delegação aos EUA, para visitar a Apple, a Microsoft, o Google, e conhecer como eram as pessoas que estavam lá inventando o futuro. E todos eles tinham lido ficção científica, quando eram meninos ou meninas." Leia mais
sexta-feira, outubro 18, 2013
Antologia Super-heróis em pré-venda
A antologia Super-heróis, da editora Draco, organizada por
erson Lodi-Ribeiro e Luiz Felipe Vasques e que conta com um conto meu está em com desconto de pré-venda, de R$ 51,90 por R$ 39,90. Para comprar, clique aqui.
Confira abaixo o release:
Confira abaixo o release:
Mais rápidos do que uma bala, mais poderosos que uma locomotiva, capazes de saltar por cima de arranha-céus. Do alto das nuvens ou à espreita nas sombras, enfrentando invasões cósmicas ou derrubando quadrilhas de traficantes, heróis com poderes incríveis chegaram para ajudar.
Super-Heróis é a coletânea da Editora Draco sobre estes seres capazes de nos inspirar por seus feitos assombrosos e sacrifícios em prol de um mundo melhor. Nessas 14 histórias a justiça não escolhe campo de batalha, sejam os becos sujos de uma metrópole, os rincões afastados do interior brasileiro, uma Lisboa prestes a ser invadida por Napoleão ou a arena política onde se decide o destino da sociedade.
Organizada e estrelada por Gerson Lodi-Ribeiro e Luiz Felipe Vasques, a coletânea apresenta as identidades secretas de Romeu Martins, Alex Ricardo Parolin, Pedro Vieira, Gustavo Vícola, João Rogaciano, Roberta Spindler, Dennis Vinicius, Inês Montenegro, Gian Danton, Vitor Vitali, Lucas Rocha e Antonio Luiz M. C. Costa. Além da capa, cada conto é ilustrado com pinturas a mão do artista Angelo de Capua. Para o alto e avante!
Procure saber - os novos donos da história
Chico Buarque: de censurado a censor |
O grupo usa os mesmos argumentos usados por Roberto Carlos para proibir a biografia Roberto Carlos em detalhes, de Paulo César Araújo: o de que os artistas têm direito à privacidade e de que os artistas teriam direito a receber dinheiro sobre obras que tratem de suas vidas.
Num país em que um livro que venda 5 mil exemplares vira best-seller, o dinheiro que os artistas estariam lutando para receber seria uma migalha, coisa se menos de mil reais por livro. Ou seja: o que Caetano ganharia de direitos em cima de um livro que o citasse seria o equivalente a três ingressos de um de seus shows.
A geração que lutou contra a ditadura e contra a censura parece pensar hoje apenas em dinheiro e no egocentrismo. Nessa briga pela volta da censura, vale tudo, até mentira: Chico Buarque, por exemplo, chegou a dizer que Paulo César Araújo o havia citado no livro sobre Roberto sem nem mesmo tê-lo entrevistado. Em seguida, O Globo publicou um vídeo que mostra Chico sendo entrevistado por Paulo César.
O preocupante de tudo isso é que, se o movimento Procure Saber conseguir realmente seus objetivos, toda a produção histórica brasileira estará comprometida.
Aliás, Roberto Carlos já tentou proibir uma dissertação de mestrado sobre a jovem guarda, o livro Jovem Guarda: Moda, Música e Juventude, de Maíra Zimmermann, que teve mil exemplares impressos. Roberto alegava que a obra tratava de sua sua trajetória de vida e que a autora não havia pago direitos.
Mil exemplares de um livro não geram quase que dinheiro algum, ainda mais no caso de uma dissertação de mestrado. Muitos são doados para bibliotecas, muitos são enviados para outros pesquisadores. O dinheiro, quando entra, é pingado. Qualquer um que já tenha publicado sua dissertação de mestrado sabe disso. Ou seja: Roberto estava brigado por uma soma insignificante em cima de um livro que apenas o citava.
Meu livro Grafipar, a editora que saiu do eixo nunca teria sido publicado se eu tivesse que conseguir a autorização de todas citadas - até porque muitas delas simplesmente desapareceram. E já imaginaram se eu tivesse que pagar a cada uma delas? Eu ficaria individado pelo resto da vida. Ou seja: se a norma pleiteada pelo grupo Procure saber estivesse em vigor, essa parte importante da história dos quadrinhos nacionais continuaria esquecida no limbro.
Não vai demorar muito e Roberto, Gil e Caetano vão começar a cobrar direitos até mesmo sobre artigos científicos que os citem.
Pior: pode comprometer até mesmo a produção artística. Uma das características da pós-modernidade é justamente a citação e o uso de personagens reais, vide os filmes de Tarantino ou livro como O homem que matou Getúlio Vargas, de Jô Soares. Aliás, o próprio Caetano, na música Alegria alegria cita a Coca-cola. Será que ele pagou direitos à multinação por uso da marca da mesma forma que agora quer que autores que o citem em suas obras paguem direitos autorais?
É triste ver ídolos da música querendo a volta da censura apenas para aumentar seus rendimentos. A ganância humana, pelo jeito, não tem limites. Belchior já tinha atencipado o que ia acontecer com esses artistas na música "Como nossos pais", especialmente no trecho sobre ficar em casa, guardado por Deus, contando vil metal.
quarta-feira, outubro 16, 2013
Avanti - amantes à italiana
Na década de 1970, Billy Wilder era um dinossauro. Ele tinha ajudado a criar a base do que seria a sintaxe do cinema norte-americano e havia realizado filmes críticos, metalinguísticos e revolucionários, como Quanto mais quente, melhor e Crepúsculo dos Deuses. Mas nos anos 1970 parecia anacrônico diante de uma geração ousada composta por caras como Spielberg, George Lucas, Scorseese e Coppola.
Isso provavelmente fez com que poucas pessoas apreciassem o ótimo Avanti, amantes à italiana, filme de Wilder de 1972. O filme, uma comédia romântica, conta a história de um executivo norte-americano que ao ir para a Itália cuidar do corpo do pai que morrera em um acidente automobilístico durante as férias, descobre que o pai tinha uma amante há 10 anos e acaba se apaixonando pela filha da amante, repetindo a história paterna.
É um filme que poderia falar à geração anos 1970, até pela abordagem corajosa e sem preconceitos. Mas, da mesma forma que os filhos acabam usando as roupas dos pais em determinada cena, esse filme pareceu antiquado. Um dos problemas, claro, era o fato do protagonista ser um homem mais velho que a mocinha - uma estratégia usada por Wilder na década de 1950 para burlar a censura, já que os conservadores acreditavam que um relacionamento desse tipo seria menos sexual.
As duas maiores qualidades do filme são também os seus maiores defeitos para a época em que foi feito.
Primeiro, a construção é lenta. Wilder nos acostuma com os personagens e faz isso sem pressa. A trama só engrena depois de meia-hora, mas quando isso acontece, já estamos fisgados pela simpatia dos personagens. Essa estratégia funcionava muito bem antes da televisão e do video-cassete, mas virou um defeito, especialmente na comparação com os novos diretores, que sequestravam a atenção do expectador desde o primeiro momento.
Segundo, a direção estava sempre a serviço da história. Todos os recursos estilísticos eram usados exclusivamente para desenvolver melhor o roteiro, de forma que à certa altura esquecemos que estamos vendo um filme. Em contraste, a geração sexo, drogas e rock´n roll fazia questão de mostrar seu estilo a cada take. Essa ênfase na estética degeneraria em filmes coma estética vazia, que atropelava o roteiro, como vimos em monstrengos, como Independente Day (da mesma forma que o barroco iria degenerar no rococó).
Em suma: Avanti, amantes à italiana é uma verdade aula de cinema. Um filme que merece ser visto com olhos sem preconceito.
Isso provavelmente fez com que poucas pessoas apreciassem o ótimo Avanti, amantes à italiana, filme de Wilder de 1972. O filme, uma comédia romântica, conta a história de um executivo norte-americano que ao ir para a Itália cuidar do corpo do pai que morrera em um acidente automobilístico durante as férias, descobre que o pai tinha uma amante há 10 anos e acaba se apaixonando pela filha da amante, repetindo a história paterna.
É um filme que poderia falar à geração anos 1970, até pela abordagem corajosa e sem preconceitos. Mas, da mesma forma que os filhos acabam usando as roupas dos pais em determinada cena, esse filme pareceu antiquado. Um dos problemas, claro, era o fato do protagonista ser um homem mais velho que a mocinha - uma estratégia usada por Wilder na década de 1950 para burlar a censura, já que os conservadores acreditavam que um relacionamento desse tipo seria menos sexual.
As duas maiores qualidades do filme são também os seus maiores defeitos para a época em que foi feito.
Primeiro, a construção é lenta. Wilder nos acostuma com os personagens e faz isso sem pressa. A trama só engrena depois de meia-hora, mas quando isso acontece, já estamos fisgados pela simpatia dos personagens. Essa estratégia funcionava muito bem antes da televisão e do video-cassete, mas virou um defeito, especialmente na comparação com os novos diretores, que sequestravam a atenção do expectador desde o primeiro momento.
Segundo, a direção estava sempre a serviço da história. Todos os recursos estilísticos eram usados exclusivamente para desenvolver melhor o roteiro, de forma que à certa altura esquecemos que estamos vendo um filme. Em contraste, a geração sexo, drogas e rock´n roll fazia questão de mostrar seu estilo a cada take. Essa ênfase na estética degeneraria em filmes coma estética vazia, que atropelava o roteiro, como vimos em monstrengos, como Independente Day (da mesma forma que o barroco iria degenerar no rococó).
Em suma: Avanti, amantes à italiana é uma verdade aula de cinema. Um filme que merece ser visto com olhos sem preconceito.
segunda-feira, outubro 14, 2013
Ana e o sapo
“Como falar sozinha é muito estranho, o Sapo apareceu pra conversar comigo”. Foram essas as palavras que acompanharam os primeiros rabiscos da sequência de quadrinhos “Ana e o Sapo”, em 2005. Ana Luísa Medeiros - ou apenas AnaLu, como quiser - ainda adolescente, desenhava para calar as angústias e criou seu personagem, o sapo, para não se sentir só. Mal podia imaginar que, alguns anos mais tarde, eram seus desenhos que fariam companhia a tanta gente.
Com um traço leve e muito bom humor, AnaLu reproduz em seus monólogos dos “quadrinhos de um quadro só” acontecimentos do dia-a-dia, pequenos e divertidos absurdos que às vezes passam despercebidos na pressa diária.
Sempre publicada na plataforma da internet, entre fotologs e páginas do Facebook, “Ana e o Sapo” foi se tornando uma crônica cotidiana, que devolve ao adulto a possibilidade de fantasiar. Já com centenas de seguidores nas redes sociais e no site (www.tiraninha.com.br), as historietas de Ana e seu Sapo agora vão compor um livro.
O objetivo da obra é continuar divertindo os leitores e ainda divulgar o trabalho da artista. “Ana e o Sapo” é também a primeira publicação da Editora Tribo, selo independente que dá seus primeiros passos no mercado editorial.
FINANCIAMENTO COLABORATIVO
Para ajudar nos custos de produção do livro, foi criada uma campanha de financiamento coletivo no site Catarse, com o propósito de juntar R$6.000 em 40 dias, com doações a partir de R$10. O sistema é simples: quem tem interesse em colaborar, entra no site, faz um cadastro e compra o livro antecipadamente e, com isso, ajuda a produzi-lo.
Para cada valor doado existe uma recompensa, desde o arquivo digital do livro enviado ao email do doador até um verdadeiro kit de presentes, como pelúcias do Sapo e cadernetas. As recompensas variam de acordo com o valor da contribuição.
Para contribuir com o livro, e já garantir antecipadamente o seu exemplar, basta acessar o site catarse.me/anaeosapo. E se tiver dúvidas sobre como contribuir pelo Catarse, a AnaLu preparou um tutorial que pode ser útil: http://migre.me/gkunN.
Imaginários 2 em pré-venda
O segundo número da Imaginários, antologia de quadrinhos organizada por Raphael Fernandes para a editora Draco, já está em pré-venda ao preço promocional de 23 reais. Entre as histórias em quadrinhos selecionadas está uma minha sobre viagem no tempo com desenhos do Diego de Sousa. Para comprar, clique aqui.
Patrulha do tempo: roteiro meu e arte de Diego de Sousa. |
GALEÃO em capa dura - Pré-venda no Facebook iniciada!
Adquira agora seu exemplar pelo preço promocional de R$ 29,90
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Galeão é uma obra de fantasia histórica escrita por Gian Danton que se passa em algum lugar do Atlântico, no século XVII.
Depois de uma noite de terror, em que algo terrível acontece, os sobreviventes descobrem que estão em um navio que não pode ser governado e repleto de mistérios. A comida está sumindo, alguém está cometendo assassinatos, uma mulher é violentada e o tesouro do capitão parece ter alguma relação com todo o tormento pelo qual estão passando.
Galeão mistura vários temas da ficção fantástica e outros gêneros, misturados com uma trama policial, já que um psicopata parece estar agindo entre os sobreviventes. A história torna-se, assim, um quebra-cabeça a ser desvendado pelo leitor.
Autor: Gian Danton
ISBN: 9788567178011
Formato: 15,5x23 cm
Tipo de capa: Capa Dura
Papel: Pólen 80g
Quantidade de páginas: 240
Ilustração de capa: J. J. Marreiro
Layout e diagramação: Marcelo Amado
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