Muitas pessoas que receberam a Turma da Tribo têm elogiado o gibi, mas a primeira resenha veio do escritor e professor Octávio Aragão, um dos grandes nomes da ficção-científica nacional.
Confira abaixo a resenha, publicada na página do Facebook do escritor:
Recebida e degustada a bela homenagem que Gian Danton e Ricardo Manhaesfizeram às BD franco-belgas, Turma da Tribo. Apesar do formatinho (14,7 cm por 21 com) e da encadernação em canoa (dobrada e grampeada), as 28 páginas coloridas cumprem muito bem a função de apresentar a cultura indígena brasileira a um público infantil, com uma história rica em detalhes gráficos (é uma diversão detectar os desenhos polvilhados pelo ilustrador aqui e ali, tanto como composição de cenários, quanto em elementos sígnicos, como penas que funcionam como pontos de exclamação ou motivos indígenas que decoram o título). Apresentando personagens carismáticos e facilmente memorizáveis, Danton apresenta a mesma capacidade em criar situações cheias de ação e, ao mesmo tempo, didáticas, mas sem cansar o leitor, que demonstrou em na série de ficção científica Os Exploradores do Desconhecido, mas sem a seriedade. O humor em Turma da Tribo é efetivo e inteligente, explorando as possibilidades narrativas das HQ e o traço de Manhães, claramente depositário do estilo de Uderzo, Morris e Ibañez. O único senão talvez seja a trama resolvida de maneira muito rápida. Claramente a história merecia mais páginas, e por isso, fico na torcida para que vire uma série, pois tem tudo para agradar.
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