Na recente polêmica sobre publicidade infantil existe uma espécie de mantra: a publicidade infantil é manipuladora. Toda publicidade é manipuladora. Bom exemplo é o vídeo abaixo, de uma propaganda do banco Itaú para convencer os clientes a optarem por receberem apenas o extrato digital.
Aparentemente é um vídeo bem bacana. A pessoa assiste e pensa: que legal, vou ajudar o meio ambiente! E tem um bebê muito fofo rindo!
A campanha, até onde eu pesquisei, foi um sucesso, com muitos clientes optando por só receberem o extrato via e-mail.
Mas vamos esquecer o bebê lindo rindo. O que realmente há por trás dessa campanha? A preocupação do Itaú com o meio ambiente? Dificilmente. Eles apenas perceberam que a onda ecológica lhes trazia uma grande oportunidade. Primeiro por associar sua marca a uma campanha aparentemente ecológica. Mas, principalmente, porque isso economizaria uma fortuna ao banco, que não precisaria mais gastar com impressão e correio. É famosa a história da empresa de aviação que economizou milhões tirando uma única azeitona de cada refeição. Imagina qual foi a economia do Itaú.
Se optasse por receber o extrato por e-mail, o cliente deveria receber um desconto nas taxas de serviços, afinal, é um serviços que está deixando de ser prestado. Mas o cliente nem pensa nisso. Afinal, ele está hipnotizado pelo bebê fofo rindo.
Ou seja: a expectador foi manipulado para dar ainda mais lucro a um banco que já fatura por ano o equivalente ao PIB de alguns países. O negócio dos bancos é tão rentável e abusivo que, se você for comprar um carro, eles farão de tudo para que você não compre à vista: é que se você comprar parcelado o que eles irão ganhar com juros e taxas é mais do que eles estão ganhando com o carro. Não é à toa que várias empresas que fabricam carros estão criando seus próprios bancos.
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