Existem muitos tipos de promoções. Na verdade, a
quantidade e a variedade de promoções é limitada apenas pela imaginação do
varejista, fabricante ou fornecedor de serviços. Mas existem algumas
ferramentas básicas.
Uma delas é a amostra. Nesse caso, o cliente é
estimulado a experimentar o produto. É o caso, por exemplo, da simpática moça
que distribui biscoitos para os clientes do supermercado. Mas a amostra não
precisa ser apenas de produtos alimentícios. O teste drive de um carro é uma amostra. Afinal, o consumidor está
utilizando o produto e percebendo suas qualidades.
A amostra é especialmente aconselhada no caso
daqueles produtos cujas qualidades são difíceis de ser expressas com palavras
ou imagens. Como explicar para um consumidor o gosto inovador de um salgadinho?
Como mostrar para ele o quanto um xampu deixa os cabelos sedosos?
Quando o produto é desconhecido pela maior parte do
público, um bom caminho é dar uma amostra para o público-alvo.
No final dos anos 1990, a maioria da
população brasileira não tinha nem ideia do que era internet. Para eles, tanto
fazia ter internet ou não ter, já que não conheciam seus benefícios. Nessa
época, a UOL começou a distribuir seus CDs
promocionais, que davam um mês de internet grátis. Ao final de um mês a grande
maioria dos consumidores já estava tão impressionada com o novo mundo oferecido
pela net que simplesmente continuavam como assinantes. O resultado disso: o UOL
se tornou o maior provedor do país.
São necessários alguns cuidados na distribuição de amostras. O primeiro deles: o
consumidor não deve ser pressionado. Ele não deve sentir que está recebendo
alguma coisa, mas em troca terá que comprar algo a seguir. Frases do tipo: “Vai
só comer de graça e não vai levar?” deveriam ser riscadas do vocabulário dos
promotores de vendas. A ideia é exatamente oposta. O consumidor deve ficar tão
encantado com a qualidade do produto, que decide comprar por livre e espontânea
vontade.
Aliás, a simpatia dos
promotores é um item essencial no sucesso desse tipo de promoção. Alguns são tão
simpáticos, tão cordiais que agregavam valor ao produto, incentivando o cliente
a comprar.
Outro item importante é a qualidade do produto.
Distribuir amostras de um produto ruim é um suicídio comercial. Se durante o
mês de uso gratuito da internet a pessoa tivesse problemas de conexão, ela
nunca se tornaria assinante do UOL.
Também se deve atentar para a forma de distribuir
amostras. Pode-se contratar uma promotora ou uma empresa especializada, que já
tem diversas promotoras em sua folha de pagamento. Pode-se encartar a amostra
na publicidade de jornais e revistas (como fazia o UOL) ou encartá-lo num
produto de sucesso da empresa. Por exemplo, a empresa já tem um macarrão
campeão de vendas, então pode encartar um sachê de molho de tomate nas
embalagens desse macarrão. O consumidor vai adorar e, se o molho for bom, irá
se tornar cliente.
Uma forma pouco aconselhada de distribuir as
amostras é entregá-las aos varejistas. Muitos deles simplesmente vendem as
amostras, acabando com todo o esforço promocional.
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