A informação tem como característica
a possibilidade de ser transportada, armazenada e traduzida.
Na maioria das vezes em que
estabelecemos uma comunicação, estamos transportando informação (Há certa
controvérsia sobre isso. Alguns autores dizem que a informação não é uma
propriedade da mensagem e, portanto, pode haver mensagens sem informação. É o
que acontece, por exemplo quando usamos a função fática da linguagem, cujo
objetivo é testar o canal, como quando, por exemplo, indagamos; “Você está
ouvindo?”).
O
transporte da informação pressupõe a existência de um canal.
Imaginemos
uma situação. Sei que a mãe de um amigo morreu e devo informá-lo do acontecido.
Posso procurá-lo e repassar diretamente a ele a mensagem. Nesse caso, a informação foi transportada
através de ondas sonoras. Posso, no entanto, utilizar outros canais. Posso
telefonar, ou mandar um e-mail ou uma carta.
Cada
canal tem o seu custo de transmissão de mensagem. Em alguns, o custo é maior,
em outros, menor (isso inclusive é verificável em termos financeiros. Se a
ligação for para um telefone comum custará menos que uma ligação para um
celular). O custo do canal se relaciona muito com a vulnerabilidade do mesmo
aos ruídos.
A
informação também pode ser armazenada. Antigamente, a única forma de armazenar
a informação era guardá-la em nossa mente. Com a invenção da escrita, foi
possível armazenar as informações em livros. Criou-se
a memória externa, o grande passo da humanidade na direção da evolução
tecnológica, pois as novas gerações estavam dispensadas de lembrar todos os
conhecimentos das gerações anteriores e podiam utilizar sua capacidade mental
para criar coisas novas.
Por
fim, a informação pode ser traduzida.
Ao
transportar a informação, utilizamos um código para que a mesma possa ser
compreendida pelo receptor.
O processo de tradução da informação
é muito óbvio quando se trata de transferir uma mensagem de uma língua para
outra (um texto do inglês para o português, por exemplo), mas utilizamos a
tradução da informação em diversas situações de nosso cotidiano.
Quando dizemos “A casa está pegando
fogo”, estamos traduzindo a informação visual para o código lingüístico.
Por outro lado, a pessoa, quando
recebe a informação, a decodifica, a frase “A casa está pegando fogo”,
transforma-se, em sua mente, na visualização da casa em chamas. Esse fenômeno é bem
explicado pela semiótica.
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