Uma das características da propaganda nazista era
realibitar fatos do passado, mudado seu significado. O putsch da cervejaria
havia sido um fracasso total e, em muitos sentidos, uma ópera cômica, mas
Goebbels transformou-a numa tragédia.
Em 9 de novembro de 1935, Hitler institiu a comeração
oficial da tentativa de golpe.
Dois templos de bronze foram construídos para abrigar os
restos mortais dos nazistas que haviam morrido durante o putsch. Até mesmo os
sarcófagos eram de bronze, destacando o ar grandioso do monumento.
Hitler percorreu toda a cidade em direção ao monumento.
Tropas da SS e da SA iluminavam o trajeto com archotes. Ao chegar ao local,
Hitler deteve-se diante dos ataúdes para um diálogo mudo. Depois, sessenta mil
militares desfilaram em silêncio diante dos ataúdes.
Na manhã seguinte uma procissão comemorativa repetiu o
trajeto do dia do putsch, com a mesma posição das autoridades e as mesmas
vestimentas daquela época.
De acordo com Alcir Lenharo, do livro Nazismo: triunfo da
vontade, esse recurso teatral exorcizava os acontecimentos de forma a
corrigi-los historicamente a favor dos nazistas.
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