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Sofia soltou um grunhido de susto
e Edgar foi obrigado a puxá-la para longe da quina da parede. O zumbi se
aproximava lentamente e agora podia ser melhor visto. Era uma mulher de enormes
unhas vermelhas e vestido curto sujo e rasgado. O cabelo crespo havia sido
alisado e pintado de loiro, mas agora estava desgrenhado como uma teia de
aranha. Ela andava com dificuldade em razão do salto alto e caía de tempos em
tempos.
O professor olhou para o lado e
viu Jonas. Ele se armara com uma das vassouras que eram deixadas do lado de
fora. Edgar rezou para que isso fosse suficiente.
Inesperadamente, Jonas saiu de seu
lugar e avançou com o cabo de vassoura, atingido a mulher na testa. Ela oscilou
para trás, um enorme hematoma se formando em sua pele. Qualquer um teria fugido
depois de um golpe daqueles, mas o uivo da górgona parecia ter tirado dela até
mesmo o instinto de sobrevivência.
Mesmo com o salto alto, ela
avançou com surpreendente velocidade, abrindo e fechando a boca, como se
abocanhasse o ar, e levando as mãos em garra. Jonas não esperava por isso e
recuou.
A mulher pulou sobre ele,
derrubando-o no chão, as mãos em garra rasgando sua roupa, a boca procurando
seu pescoço.
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