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O professor ficou ali, parado,
ouvindo o som da linha. Esperara tanto por aquele momento, pela oportunidade
para falar com alguém e agora não sabia para quem ligar. Nenhum número lhe
vinha à mente, como se qualquer informação a esse respeito tivesse sido
apagada.
Então ele ouviu um barulho de
vidro quebrado. Por alguma razão esse som o arrepiou. Imagens de sua mulher e
sua filha vieram para ele como flashes. A filha lhe estendia a mão, a última
vez que ele a vira, os vidros quebrados, estilhaçados, e ela estendendo as mãos
e chorando.
O telefone ficou lá, um eco
contínuo de cacofonia pendurado no gancho, balançando em espirais, enquanto ele
corria para a cozinha.
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