Horst Wessel Lied, um dos hinos cantados nas convenções
nazistas, era uma referência ao chefe da SA em Berlin, tornado mártir da causa
ariana depois de sua morte.
Na verdade, Wessel eram um cafetão que explorava
prostitutas em Berlin e acabou sendo morto por um comunista numa disputa por
uma delas.
Mas Goebbels viu no fato uma oportunidade de criar um
mártir para os nazistas. Toda a sua agonia foi acompanhada pelos jornais
nazistas, de janeiro a fevereiro de 1930. O hino, composto em sua homenagem
dizia: “Os camaradas vítimas da Frente Vermelha e da Reação/ marcham em
espírito em nossas fileiras”.
Claro que não havia nenhum interesse na recuperação de
Wessel e seu funeral foi tranformado em um evento de divulgação das idéias
nazistas. Milhares de pessoas, com tarjas de luto, postaram-se nas ruas e
calçadas. No elogio fúnebre, Goebels chamou-o de “cavaleiro dos tempos
modernos, defensor das viúvas e órfãos”, um “socialista de cristo”. Seu nome
era repetido diversas vezes e a multidão gritava “presente”.
Dessa forma, um cafetão foi transformado em herói nazista
e propetor de viúvas.
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