Eugênio Colonnese foi um dos mais importantes
desenhistas de quadrinhos do Brasil. Italiano radicado no país há mais de
quatro décadas, ele faleceu na madrugada do dia 8 de agosto de 2008.
Colonnese
começou sua carreira na Argentina, em 1949. Passou vários anos naquele país,
trabalhando em revistas de sucesso, mas em 1964 veio para o Brasil, onde ajudou
a fundar o estúdio D´Arte em parceria com o argentino Rodolfo Zalla. Juntos,
produziram histórias em quadrinhos dos mais diversos gêneros, indo dos
quadrinhos de guerra aos de super-heróis. Mas foi o terror que tornou
Colonnesse uma celebridade, especialmente por causa da criação de Mirza,
provavelmente a primeira heroína vampira dos quadrinhos.
Também criou
o Morto do Pântano, um personagem de nome muito parecido com o Monstro do
Pântano, que faria sucesso anos depois na DC Comics.
Na década de
1970, ele abandonou os quadrinhos para se dedicar à ilustração de livros
didáticos para editoras como Ática e FTD. Acabou se tornando um paradigma do gênero,
trazendo a linguagem dos quadrinhos para os livros escolares. Seu traço
elegante era facilmente reconhecível pelos fãs, muitos dos quais ainda guardam
esses livros apenas por causa das ilustrações.
Na década de
1980, quando o amigo Zalla transformou a D´arte em editora e começou a publicar
as revistas Calafrio e Mestres do Terror, Colonnese voltou aos quadrinhos,
fazendo antológicas histórias de terror.
Também ficaram célebres as histórias em quadrinhos
institucionais que ele fez para o Instituto Universal Brasileiro, nos
anos 1980.
Em todos os
trabalhos, Colonnese sempre se revelou um exímio artista, com um traço
detalhista, anatomicamente perfeito, e uma habilidade fora do comum para
desenhar mulheres.
Nos anos
1990 ele continuou na ativa, produzindo obras como A Arte exuberante de
desenhar mulheres (Opera Graphica), Curso Completo de Desenho (Escala),
ilustrou duas aventuras de Mister No, para
a editora italiana Bonelli e criou novas personagens, como Bruuna. Um de
seus últimos trabalhos foi o álbum War – histórias de guerra (Opera Graphica),
com roteiro de Gian Danton.
Poucos meses
antes de morrer, Colonnese finalizou a graphic novel A Vida de Chico Xavier,
sobre o mais importante médium brasileiro.
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