Os políticos convencionais demoraram muito para perceber
que Hitler era uma ameaça. Logo no início do partido nazista, em 1922, ele foi
preso por liderar um ataque a um grupo político rival. Alguns membros do
governo sugeriram sua deportação para Áustria, já que oficialmente ele ainda
era austríaco. Mas muitos outros integrantes do governo achavam que seu discurso
magnético e as milícias que controlava seriam úteis no confronto contra os
comunistas. Eles acreditavam que alguém como ele, sem experiência política,
seria facilmente contido se ameaçasse fugir do controle.
A ameaça dos comunistas também fez com que muitos
industriais importantes, como o presidente da União dos Trabalhadores do Aço,
Fritz Von Thyssen, fizessem doações vultosas para o partido nazista. Só Von
Thyssen doou 25 mil dólares ao partido. Também grandes fazendeiros faziam suas
doações, achando que investindo em Hitler estariam afastando de si o fantasma
de um governo socialista.
Quando Hitler tomou o poder e começou a armar a Alemanha,
as grandes potências da época, em especial a França e a Inglaterra, não
interferiram por achar que um governo de extrema direita afastaria a
possibilidade da Alemanha se tornar socialista.
Também achavam que a falta de experiência diplomática e
militar de Hitler faria com que ele fosse facilmente neutralizado se tentasse
sair dos trilhos. Estavam todos errados.
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