Foi uma tentativa dos nazistas de tomarem o poder. Os
nazistas já estavam organizando um golpe de estado para o dia 11 de novembro de
1923 quando souberam que os três principais nome do governo na Baviera estariam
em Munique para uma manifestação patriótica. Acharam que aquele era o momento
ideal, embora houvesse os riscos relacionados à antecipação da data. Hitler
custou a tomar a decisão. Até chegou a beber alguns goles de cerveja, coisa de
raramente fazia. Finalmente aprovou o putsch.
O golpe, que deveria ser sério, degenerou numa comédia de
erros. Ninguém sabia o que estava acontecendo, ou quem estava de que lado. As
mensagens não chegavam ao seu destino, figuras importantes perdiam a calma e
ordens eram dadas e revogadas a cada minuto.
A reunião patriótica aconteceu em uma cervejaria e a
maioria dos presentes já estava embriagada quando Hitler subiu em uma mesa e,
após dar um tiro para o alto, anunciou o golpe. Disse que o governo de Berlin
havia sido derrubado pelos nazistas e ameaçou fuzilar os representantes do
governo da Baviera se eles não concordassem em apoiar o golpe. Os três, claro,
concordaram rapidamente com a exigência. Mas tão logo puderam sair da
cervejaria, mudaram de idéia.
Para piorar, os membros da SA haviam tomado todos os
edifícios públicos da cidade, menos o centro de comunicações, o que permitiu
que os governistas chamassem reforços.
Enquanto isso, Hitler marchava na direção dos escritórios
governamentais. Achava que seria aclamado, mas foi recebido a tiros. Dezesseis
nazistas foram mortos. Goring foi atingido por uma bala, mas conseguiu fugir.
Hitler deslocou fortemente o ombro e o general Ludendorff foi preso.
O que começou como um golpe vitorioso terminou como uma
ópera cômica, mas Hitler saberia transformar esse desastre numa oportunidade de
divulgar suas idéias.
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