Na manhã de dia 6 de agosto de 1945 um avião
norte-americano jogou sobre a cidade de Hiroshima, uma única bomba, de urânio.
Ela foi detonada a 600 metros de altura. Em segundos, mais de 100 mil vidas
humanas foram ceifadas. Os sobreviventes tiveram que lidar com um mundo de
terror: sombras de pessoas, gravadas da pedra, eram as únicas lembranças da
vítimas no epicentro da explosão, cavalos pegando fogo andavam pelas ruas,
vidros tinham explodido perto de pessoas, fazendo com que os cacos grudassem em
suas peles.
No dia seguinte, uma segunda bomba, agora de plutônio, foi
jogada sobre Nagasaki, provocando 80 mil mortes.
A pergunta que se faz até hoje é: era realmente
necessário utilizar as bombas atômicas? Ou: o lançamento das bombas foi
fundamental para o fim da II Guerra Mundial? A resposta a essas perguntas é
provavelmente não.
Em agosto de 1945 o III Reich já estava totalmente
destroçado, oferecendo pouquíssima resistência aos exércitos aliados. Além
disso, se fosse realmente para terminar a guerra, a bomba poderia ser lançada
contra Berlim.
A decisão sobre a bomba parece muito política do que
estratégica. Além do objetivo evidente de apressar a derrota do Japão, os EUA
pretendiam mostrar seu poder militar aos russos. Até aquela altura, os
norte-americanos tinham sido os aliados mais fracos na aliança que juntou Inglaterra,
Rússia e EUA. Com o lançamento da bomba atômica os americanos mostraram quem
seria a grande potência dali para a frente.
Além disso, provavelmente, os militares e cietistas
norte-americanos queriam saber o que aconteceria quando a bomba fosse usada
para matar pessoas. Ou seja, Hiroshima foi um espetáculo e um laboratório.
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