Aparentemente não. Ele não costumava ir aos estádios
assistir aos jogos, mas mesmo assim tentou usar o jogo como instrumento de
propaganda política. A crise mundial de 1929 quebrara a Federação Alemã de
Futebol (DFB) e o ditador se ofereceu para ajudar financeiramente à
instituição. A idéia era divulgar a superioridade da raça alemã através de
vitórias no futebol.
Um dos que mais colaboraram nesse processo Joseph
Herberger. Apesar de conhecer as atrocidade cometidas pelo regime nazista, eles
sempre defendeu o regime, pois queria tornar-se técnico da seleção, o que
conseguiu em 1937. Herberger continuou no cargo após a II Guerra e chegou a
ganhar a copa do mundo de 1964.
Outro exemplo de como o regime nazista tinha interesse no
futebol foi o caso do atacante austríaco de origem judia Matthias Sindelar. Ele
era tão magro que os austríacos o conheciam como Der Papiereme (Homem papel),
mas jogava um bolão. Quando Hitler anexou a Áustria, vários jogadores passaram
para o time alemão, mas Matthias se recusou. A recusa o colocou numa situação
difícil: ficava claro que, além de judeu, ele era uma adversário do nazismo.
No jogo comemorativo pela unificação da Áustria e a
Alemanha ele protestou errando vários gols até marcar um na vitória de 2 a 0 do
time austríaco Ostmark sobre o alemão Altreich.
Tal atrevimento não poderia ficar impune e ele logo foi
encontrado morto em um hotel, envenenado por monóxido de carbono. A maioria dos
historiadores acredita que ele foi morto pela polícia secreta nazista.
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