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O grupo encontrou sabonete, xampu
e outros itens de higiene nos banheiros. Quando terminaram, desceram para a
sala de estar.
Roberto e Zulmira haviam cuidado
do almoço, que já estava pronto quando o grupo desceu.
Zulmira antipatizara totalmente
com Roberto e até mesmo o arroz fizera questão de preparar separadamente. Essa
separação se refletia na mesa: de um lado, um grande prato de carne assada,
sala de batatas, arroz e farofa; do outro, arroz e uma mistura de batata com
batata doce e salada.
O grupo simplesmente ignorou a
parte vegetariana e atacou a carne. Apenas a pequena Sofia, talvez por
solidariedade, se serviu da comida feita por Zu.
- Vocês têm ideia de quanto esses
animais sofreram que vocês comessem essa carne? – indagou Zulmira. Já ouviram
falar de pocilga de sequestro? Os porcos são colocados num mesmo ambiente. Eles
vêm os outros sendo mortos e tentam fugir.
- Eu já ouvi falar disso. Hoje em
dia se aplica um choque neles para que não sofram. – disse Roberto.
- O choque é insuficiente, porque
um choque maior queimaria a carne e isso diminuiu os lucros. A maioria recobra
a consciência quando estão sendo sangrados. É como se alguém entrasse nesta
sala e começasse a nos matar um a um...
Alan bufou:
- Você está ficando louca? Ninguém
vai nos matar um a um. O perigo está lá fora.
- Alguns de vocês viram zumbis
comendo pessoas. Qual a diferença de nós comendo animais?
- Zulmira, você está passando dos
limites. – decidiu Edgar. Estamos comendo.
Não é uma boa hora para falar desse tipo de coisa...
- Além disso, esses animais já
estavam mortos quando começou a coisa toda. – completou Alan. O melhor que
podemos fazer é comer essa carne deliciosa...
Zu silenciou e dedicou-se ao seu
prato de comida...
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