Existiu. O partido nazista brasileiro chegou a ter 2.900
integrantes. Era o maior fora da Alemanha. Isso se deve à grande imigração
alemã, especialmente na região sul do Brasil. Alguns de seus líderes, como Otto
Braun, chegaram a ter treinamento em Munique para se tornarem agentes
políticos. Havia a Juventude Hitlerista, a Associação dos Professores Nazistas
e a Associação das Mulheres Nazistas. Na escola alemã da Vila Mariana, em São Paulo , os alunos
saudavam os professores com a saudação “Heil Hitler!”. Muitos dos professores
vinham da Alemanha especialmente para fazer propaganda do nazismo.
A defesa do nazismo era tão generalizada que um pai
chegou a escrever a Goebbels, denunciando o diretor do colégio Visconde de
Porto Seguro, por não ensinar o nazismo.
Os nazistas brasileiros não se interessavam pela política
local e não aceitava em seus quadros descendentes de alemães nascidos no
Brasil. Mas, de 1936 a 1939 os alemães radicaram no Brasil receberam a
incumbência de fazer a opinião pública brasileira apoiar Hitler.
Para isso eles contavam com 15 emissoras de rádio, que
transmitiam notícias escritas em Berlin. Além disso, havia panfletos, livros e
o jornal Deustscher Morgen (Aurora Alemã).
Em 1938, Getúlio Vargas proibiu diversos partidos, entre
eles o nazista, mas ele continuou operando normalmente. Em abril de 1952 uma
passeata no centro de Florianópolis reuniu duas mil pessoas vestidas com
uniformes nazis.
A perseguição aos nazistas só aconteceu de fato com a
entrada do Brasil na Guerra em favor dos Aliados. Nessa época muitos alemães
foram presos em campos de concentração acusados de espionagem. Há relatos de
vexames públicos, como obrigar alemães a beberem óleo de rícino com óleo diesel
e a defecarem em praça pública.
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