Klaus Barbie foi o Diretor da Gestapo, a polícia política
alemã. Era famoso pela brutalidade com que torturava os prisioneiros. Foi um
dos grandes responsáveis pelo Holocausto.
Klaus nasceu em uma pequena cidade do vale do Reno.
Entrou para a SS em 1936. Em 1940 foi enviado para os países baixos para
procurar judeus e adversários políticos do nazismo. É para fugir da sua
perseguição que a família de Anne Frank viveu escondida.
Em 1942 ele assume a direção da Gestapo, cargo no qual
foi implacável e cruel.
Entre os atos que o tornaram famoso está o assassinato de
Jean Moulin, braço-direito de Charles De Gaulle na resistência francesa. Barbie
só conseguiu pegá-lo graças à denuncia de René Hardy, um amigo de Moulin.
Barbie e seus subordinados o torturaram quase até a morte
e depois o deixaram no pátio da prisão, entregue à sua própria sorte. Moulin
morreu uma semana depois.
Outro crime famoso de Barbie foi a destruição de um campo
onde se escondiam crianças judias. Com idades inferiores a 14 anos, elas tinham
se refugiado numa pequena aldeia perto de Lyon, na França. O diretor da Gestapo
caçou-as uma a uma, deportando-as para Auschwitz, de onde nenhuma delas saiu
viva.
Klaus Barbie era famoso pela crueldade que usava nos
interrogatórios. Os prisioneiros que se recusavam a falar eram punidos com
chicotadas, amputações, fome e afogamentos. Suas vitimas afirmam que ele tinha
especial prazer com os interrogatórios.
Terminada a guerra, Barbie desapareceu e foi julgado à
revelia na França, sendo condenado à pena de morte. Na verdade, ele se tornara
agente do serviço secreto americano e depois fugira para a Bolívia para
oferecer seus serviços ao ditador local, Luis Garcia Meza.
Depois viajou para a Europa com o nome falso de Klaus
Altmann, para negociar a compra de veículos usados para reprimir as
manifestações da oposição.
Foi reconhecido pelo filho de um homem assassinado em
Auschwitz, mas só foi extraditado para a França em 1983, quando a Bolívia
voltou a ser um país democrático. Em 1987 foi julgado na cidade Lyon e
condenado à prisão perpétua.
Em nenhum momento Klaus Barbie deu mostras de
arrependimento. Ao contrário, dizia estar satisfeito por ter livrado a França
do perigo comunista. Morreu de leucemiana prisão, em 25 de setembro de 1991.
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