Luiz Martins de Souza Dantas foi um
herói, reconhecido pelo Museu do Holocausto como um justo entre as nações
(denominação dada aos que arriscaram suas vidas para ajudar vítimas do
Holocausto). Ele concedeu vistos diplomáticos a centenas de judeus e outras
pessoas perseguidas pelo nazismo, permitindo que fugissem para o Brasil.
Souza Dantas agia ilegalmente,
atuando contra a proibição do governo de Getúlio Vargas, que proibia a
concessão de passaportes a judeus. Para isso ele tomava o cuidado de encobrir
as evidências de eram judeus, muitas vezes falsificando a data dos vistos, para
que fossem anteriores à proibição.
Existem controvérsias sobre o número
real de pessoas salvas por ele, mas comprovadamente 475 perseguidas pelos
nazistas conseguiram fugir para o Brasil graças a ele.
O embaixador sabia que estava agindo contra a lei, mas continuava a emitir
os vistos. Ele foi várias vezes advertido pelo Ministério das Relações
Exteriores e ficou numa espécie de prisão domiciliar alemã por 14 meses. Além
disso, escapou por pouco das penalidades de um inquérito administrativo aberto
pessoalmente por Getúlio Vargas, em outubro de 1941. O processo só não foi até
o fim porque, no ano seguinte, o Brasil cortaria relações com a Alemanha e
Getúlio decidiu abafar o caso.Entre as pesssoas salvas por Souza Dantas está o o ator e teatrólogo polonês Zbignew Ziembinski.
A história do Schindler brasileiro foi resgatada no livro Quixote nas Trevas, de Fábio Koifman, diretor de Pesquisas da Universidade Estácio de Sá. Ele acredita que Souza Dantas salvou mais de mil pessoas.
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