segunda-feira, agosto 07, 2017

Quem foi o embaixador brasileiro que salvou judeus?


Luiz Martins de Souza Dantas foi um herói, reconhecido pelo Museu do Holocausto como um justo entre as nações (denominação dada aos que arriscaram suas vidas para ajudar vítimas do Holocausto). Ele concedeu vistos diplomáticos a centenas de judeus e outras pessoas perseguidas pelo nazismo, permitindo que fugissem para o Brasil.
Souza Dantas agia ilegalmente, atuando contra a proibição do governo de Getúlio Vargas, que proibia a concessão de passaportes a judeus. Para isso ele tomava o cuidado de encobrir as evidências de eram judeus, muitas vezes falsificando a data dos vistos, para que fossem anteriores à proibição.
Existem controvérsias sobre o número real de pessoas salvas por ele, mas comprovadamente 475 perseguidas pelos nazistas conseguiram fugir para o Brasil graças a ele.
O embaixador sabia que estava agindo contra a lei, mas continuava a emitir os vistos. Ele foi várias vezes advertido pelo Ministério das Relações Exteriores e ficou numa espécie de prisão domiciliar alemã por 14 meses. Além disso, escapou por pouco das penalidades de um inquérito administrativo aberto pessoalmente por Getúlio Vargas, em outubro de 1941. O processo só não foi até o fim porque, no ano seguinte, o Brasil cortaria relações com a Alemanha e Getúlio decidiu abafar o caso.
Entre as pesssoas salvas por Souza Dantas está o o ator e teatrólogo polonês Zbignew Ziembinski. 

A história do Schindler brasileiro foi resgatada no livro Quixote nas Trevas, de  Fábio Koifman, diretor de Pesquisas da Universidade Estácio de Sá. Ele acredita que Souza Dantas salvou mais de  mil pessoas. 

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