segunda-feira, outubro 23, 2017

Jogo perigoso

Uma das características mais interessantes de Stephen King é a forma como ele constrói seus personagens, fazendo que sejam tão interessantes - ou até mais - que a história que está sendo contada. E o terror surge geralmente dessa dinâmica dos dramas e traumas do personagem - o sobrenatural, o medo, está quase sempre relacionado a algo muito humano - a exemplo do bullying em Carrie. 
Jogo Perigoso, recentemente transformado em filme pela Netflix é uma ótimo exemplo disso. 
A premissa é simples e, aparentemente, impossível de prender o expectador por mais que alguns minutos: um casal vai para a casa de campo isolada afim de realizar um jogo sexual, mas quando a mulher está algemada na cama, o homem sofre um ataque cardíaco e morre. Enquanto luta para sobreviver, a mulher revive seus dramas pessoais com o marido e o pai.
Carla Gugino, no papel da esposa algemada, consegue segurar o o telespectador por durante quase duas horas praticamente sozinha em uma interpretação realmente digna de aplausos.

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