Quando começou o processo de
industrialização, a ideia era lançar um produto só para todos os públicos.
Quanto mais pessoas consumissem esse produto, maiores seriam os lucros e menor
o custo de produção. Esse era o modelo do Ford T: um carro exatamente igual
(inclusive na cor) para todos os públicos. O fato de o Ford T ter perdido
mercado a cada ano para a GM mostrou que a empresa estava esquecendo algo
essencial: o cliente.
Existe,
claro, a segmentação indiferenciada, que é quando a empresa lança um produto
para todos os públicos possíveis. Embora seja usada por produtos famosos, como
a Coca-Cola, essa estratégia pode ser fatal para um pequeno empresário que está
entrando no mercado. Mesmo a Coca-Cola começou sua carreira de maneira bastante
segmentada, sendo vendida na cidade de Atlanta, nos EUA, para jovens
executivos.
Desconhecer
o público-alvo leva a um gasto excessivo com publicidade, distribuição e à
insatisfação do cliente. Isso aconteceu, por exemplo, no século XIX, quando
houve a abertura dos portos brasileiros para os produtos ingleses. Os
fabricantes ingleses mandaram para cá tudo que puderam, incluindo esquis e
carteiras porta-cédulas, ignorando completamente que no Brasil raramente neva e
que na época o dinheiro do país era composto apenas de moedas. O
desconhecimento do mercado fez com que muito produto inglês ficasse encalhado.
Para evitar esse vexame, estude o público-alvo.
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