quarta-feira, outubro 25, 2017

Ponto de venda: erros na seleção do local


Um erro bastante comum que acomete as pessoas afoitas em abrir o próprio negócio é o entusiasmo ao ver uma loja desocupada. O correto, nesses casos, é fazer um estudo para ver se o local realmente é apropriado. Se a loja está desocupada, de três, uma: ou o antigo dono era um mau administrador e não soube manter o próprio negócio ou o contrário: foi tão bem que cresceu e agora está em um local maior e melhor. Porém, a variável mais perigosa e que deve ser mais levada em consideração é: saber se há consumidores que transitam pelo local. Muitas vezes a falta de público foi o que motivou o antigo proprietário, ali instalado, a se mudar.
Este é outro risco do mundo dos negócios: o aluguel barato. Em local inadequado, o barato pode sair caro. Há de se tomar cuidado com aluguéis muito em conta. Às vezes um imóvel possui baixo aluguel por ser um ponto desvalorizado, de pouco trânsito ou escondido, se comparado aos vizinhos. Vale a máxima: pesquisar, perguntar e analisar sempre. Se possível, passe uma tarde ou mais nas redondezas para observar o movimento.
Alguns concorrentes são sempre bem-vindos. Eles valorizam o espaço e até mesmo o produto oferecido, caso os deles tenham qualidade inferior ou preço muito elevado. No entanto, muitos concorrentes aglomerados em um mesmo local não é vantajoso. Especialmente se os concorrentes tiverem tradição. Abrir, por exemplo, uma nova boutique perto de outras com mais de 10 anos e clientela cativa é um tiro no pé. Se não houver uma grande inovação para oferecer, é melhor escolher um local exclusivo. Entrar em briga com esse tipo de concorrente só dá dor de cabeça e prejuízos.
A mudança do local, muitas vezes motivada por forças externas, como geográficas, deve ser muito bem estudada. Um exemplo é a reestruturação de uma rodoviária que ocasione a inacessibilidade ao PDV. Esse tipo de alteração geográfica retira a freguesia das proximidades. Assim, o melhor é conhecer bem seu público e saber para onde eles irão migrar para acompanhar a mudança.
Outro fator muito importante que não se deve negligenciar é com relação à análise dos clientes. É a partir dela que será necessário definir a segmentação e o posicionamento da empresa e comparar com o perfil do local. Se o seu negócio se baseia em produtos para a massa, o ideal é procurar locais de grande trânsito de pedestres. Se, ao contrário, forem produtos de alto padrão, de grande valor, o correto é procurar pontos de vendas sofisticados, como um shopping center ou um aeroporto.
A área de influência é a área geográfica de onde a loja obtém a maior parte de seus clientes. Com certeza, esse é um aspecto a se tomar cuidado. Ainda mais tendo em vista que, a partir de certo ponto, os consumidores preferem o concorrente. Nesse caso, o ideal é se posicionar em um local onde os concorrentes possuem nitidamente qualidade inferior, tornando, assim, o seu produto ou serviço como ponto de referência. Além disso, entender a área de influência permite concentrar recursos de comunicação em que se é mais forte, por exemplo.
Algumas empresas conseguem estender a área de influência graças à reputação da loja, qualidade do produto, ou serviço extra. Uma padaria de bairro, por exemplo, que tenha tanta variedade e produtos tão bons pode atrair até mesmo clientes de outros bairros.
Outra maneira de ampliar a área de influência é estabelecer serviços de entrega. Através do serviço por telefone, uma pizzaria consegue atender toda uma cidade ou bairros selecionados, não estando restrita às redondezas do PDV.

Existem várias formas de identificar a área de influência. Análise das placas de carros, pesquisa de mercado, análise dos cheques e cadastro de lojas são as formas mais comuns. 

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